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Assembleia Municipal do Porto aprova propostas para mobilidade na cidade

A Assembleia Municipal do Porto aprovou esta segunda-feira seis propostas de recomendação, algumas direcionadas ao Governo e outras ao executivo camarário, que têm como prioridade melhorar a mobilidade na cidade.

Assembleia Municipal do Porto aprova propostas para mobilidade na cidade
Notícias ao Minuto

06:31 - 28/01/20 por Lusa

Política Mobilidade

Na sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, que tinha como ponto único de discussão a mobilidade na cidade, foram aprovadas, com a abstenção do PSD e do movimento 'Porto, o Nosso Partido' (com exceção da própria recomendação do movimento), as seis propostas apresentadas.

Numa sessão na qual sobressaiu a concordância entre os diferentes grupos municipais, vários foram os "problemas" associados à mobilidade trazidos à discussão, tais como, a "saturação" de tráfego automóvel na Via de Cintura Interna (VCI), a rede de transportes públicos coletivos, o aumento de veículos de entrega de mercadorias e o programa de apoio à redução do tarifário dos transportes públicos (PART).

Para a CDU, força política que convocou a sessão e viu aprovadas as suas duas recomendações, uma com vista ao "descongestionamento do trânsito rodoviário" e outra com vista a "mais e melhores transportes públicos coletivos", a mobilidade é "um problema que aflige todos os portuenses".

"O problema da mobilidade afeta a esmagadora maioria da população e influencia, significativamente, o seu modo e qualidade de vida", afirmou o deputado Rui Sá, durante a análise do partido sobre as razões que "têm condicionado a mobilidade" na cidade.

O presidente da Câmara Municipal do Porto, que concordou "com grande parte da análise" feita pelo grupo municipal da CDU, salientou, contudo, que "o grande paradigma" que as cidades enfrentam "é a substituição do transporte individual pelo transporte coletivo".

"Concordo com grande parte da análise que faz (...) por muito que acreditemos que é o transporte elétrico que vai resolver ou as ciclovias que vão resolver, nós sabemos que de facto, o grande paradigma que se coloca hoje às cidades é a substituição do transporte individual pelo transporte coletivo", referiu Rui Moreira.

Por sua vez, o Bloco de Esquerda, que viu aprovadas as suas duas recomendações, uma assente em "melhores transportes" e outra num "plano para a mobilidade em bicicleta na cidade", considerou que algumas das medidas que estão "por tomar são responsabilidade do Governo".

"Uma parte muito significativa das questões da mobilidade da cidade do Porto não estão apenas nas mãos da autarquia, muitas das medidas que tem sido tomadas, boas e más, e muitas das medidas que estão por tomar são responsabilidade do Governo", afirmou o deputado Pedro Lourenço.

Também o grupo municipal do PS, que não apresentou formalmente nenhuma proposta, lembrou que a mobilidade não é um "problema de hoje", nem "exclusivo" à cidade do Porto, e que a sua resolução "exige a participação de muitas entidades e poderes".

"Se há domínio que se justifica estudar, pensar, investir e definir é seguramente este. Não devemos, todavia, cair na ilusão que o problema pode ter uma resolução meramente municipal, ele coloca uma intervenção muito mais alargada, mesmo além da Área Metropolitana do Porto", frisou o deputado Gustavo Pimenta.

Já o movimento 'Porto, o Nosso Partido', que viu aprovada a sua recomendação ao Governo para que interceda na resolução de "problemas endémicos de trânsito provocados pelos constrangimentos de circulação" na VCI, lembrou que falar de mobilidade não é o mesmo que falar de trânsito.

"Estamos a falar de uma cidade pequena, com 700 quilómetros de ruas, 30 mil postos de iluminação, são semáforos, é videovigilância. Tudo isto é mobilidade. Estamos a falar ao mesmo tempo de uma cidade que tem 350 mil carros a entrar todos os dias, 50 mil carros em permanência e em que todos os modos de transporte estão a aumentar", salientou o deputado André Noronha.

Para a deputada Bebiana Cunha do PAN, que viu aprovada a recomendação do partido assente numa "mobilidade inclusiva, intermodal e suave", a questão deve "ser pensada em conjunto com adaptação e mitigação às alterações climáticas".

"Sabemos onde queremos chegar, à mobilidade urbana sustentável e eficiente", frisou a deputada.

Por sua vez, o grupo municipal do PSD, que não apresentou nenhuma recomendação e se absteve na votação de todas as propostas, considerou o debate "essencial para a cidade".

"A mobilidade significa qualidade de uma cidade", disse o deputado Francisco Carrapatoso, adiantando, entre outros aspetos, que as prioridades nesta matéria passam pelo investimento no transporte público coletivo, nomeadamente, no metro e na STCP.

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