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"Iniciamos uma década decisiva para o planeta e para a humanidade"

Na sua mensagem de Ano Novo, o Livre destaca que os desafios ecológicos que o planeta enfrenta "andam de mãos dadas com os desafios sociais".

"Iniciamos uma década decisiva para o planeta e para a humanidade"
Notícias ao Minuto

08:30 - 02/01/20 por Melissa Lopes

Política Livre

O Livre não reagiu para já à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, mas enfatizou, na sua própria mensagem de Ano Novo publicada no site do partido, que se inicia "uma década que será decisiva para o planeta, para a humanidade e para toda a vida Terrestre", em que a "urgência de concretização de soluções eficazes para a crise ambiental global constitui o maior desafio desta geração"

O partido recorda que a "destruição e degradação dos ecossistemas, o declínio da biodiversidade e a consequente disrupção dos ciclos naturais da Terra, a perda progressiva dos solos e de água potável,  aliados à volatilidade climática aumentam o risco de perda de produtividade agrícola e ameaçam toda a vida Terrestre". 

Nesse contexto, aponta, "continuam a faltar os acordos globais vinculativos que assegurem o compromisso político essencial para enfrentar coletivamente esta situação". 

Sublinhando que a União Europeia, Portugal e muitas outras nações "têm vindo a assumir metas inequívocas, pelo menos para as questões climáticas",  para o Livre, "é fundamental acelerar o cumprimento das metas já assumidas, ajustando o esforço ao ritmo que a ciência indicar como necessário".  Neste novo ano, lê-se na mensagem do partido, "um dos objetivos do Livre é o de exigir junto do Governo o cumprimento antecipado destas metas, assegurando a redução de pelo menos 60% das emissões de gases de efeito de estufa ainda nesta década"

Prosseguindo em matéria de ambiente e conservação da natureza, o partido da papoila afirmou que para o Livre "os fins nã justificam os meios" e os desafios "devem ser enfrentados de forma coerente e socialmente justa". Nesse sentido,  em 2020, "o Livre continuará a opor-se à aposta no extrativismo – de lítio e outros minérios – em regiões habitadas do nosso país nas quais o bem-estar e a qualidade de vida das populações locais não estão a ser valorizados e nas quais a natureza, os solos e água asseguram um futuro mais sustentável e mais alternativas económicas que o extrativismo". Irá, igualmente, "continuar a opor-se firmemente à construção de projetos de elevadíssimo impacte ambiental, como o Aeroporto do Montijo".

Na mensagem, o Livre pontua que "agir de forma necessária nem sempre requer mais investimento", mas para alguns medidas fundamentais, como a transição para uma mobilidade mais sustentável, são necessárias infraestruturas – como é o caso da rede ferroviária. E é por isso, defende o Livre, que o partido tem proposto um Green New Deal Europeu mas com correspondente aplicação nacional.

"Foi proposta do Livre que o Governo assumisse a implementação do Green Deal proposto pela Comissão Europeia como prioridade e continuaremos a apostar nesse sentido, consolidando também propostas para tornar efetivo, em Portugal, o investimento público na sustentabilidade", recordou. 

O Livre entende que outro desafio simultâneo que a humanidade enfrenta é o combate às desigualdades. "Em Portugal é inaceitável a forma como a desigualdade económica tem mantido abaixo do limiar da pobreza mais de um em cada cinco portugueses, demorando ainda em média cinco gerações para que uma família pobre consiga ascender à classe média", apontou, referindo ainda ser "igualmente inaceitável que persistam desigualdades de género nos salários e no acesso a oportunidades profissionais". 

Terminando a mensagem de Ano Novo, o partido assegurou que "continuará energicamente na defesa de um reforço concreto do nosso Estado Social, de recuperação da suborçamentação crónica dos serviços públicos e de investimento em setores fulcrais para uma transição para uma sociedade mais cooperativa e partilhada, desde – Serviço Nacional de Saúde, Escola Pública, Justiça, Serviços Florestais e Transportes Públicos, e ainda o Ensino Superior, a investigação científica, o cooperativismo e o reforço da democracia". 

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