Aprovado voto do PS sobre Hong Kong e chumba os do CDS e Bloco
O parlamento aprovou hoje, apenas com a abstenção do Bloco de Esquerda, um voto de "preocupação" com a situação em Hong Kong, mas reprovou iniciativas sobre o mesmo tema do CDS-PP e do Bloco de Esquerda.
© Reuters
Política Hong Kong
No voto apresentado pelo PS, refere-se que, nas últimas semanas, "a escalada de violência, quer por parte das forças policiais, quer por parte dos manifestantes, acentuou-se".
"Perante a escalada de violência e o impasse nesta região, a Assembleia da República "demonstra o seu profundo pesar pelas vítimas mortais dos protestos em Hong Kong, lamentando o elevado número de feridos que se regista desde o início dos protestos; condena a escalada da violência entre manifestantes e forças policial", lê-se no texto proposto pelos socialistas.
O PS lança depois um apelo "ao diálogo e à procura de soluções pacíficas para a resolução do conflito e ao reconhecimento da importância de se encontrarem os compromissos políticos necessários para inverter a escalada da violência",
Já no voto apresentado pelo CDS-PP, que teve a oposição do PS, do Bloco de Esquerda do PCP e PEV, assim como a abstenção do Livre, salienta-se que "a vida humana, os valores democráticos, a ordem pública e, no caso particular, de Hong Kong, o modelo um país, dois sistemas, têm de ser respeitados e valorizados".
Com o apoio do PSD, Iniciativa Liberal, Chega e PAN, o CDS-PP propôs que a Assembleia da República demonstrasse o seu pesar aos familiares das vítimas mortais dos protestos de Hong Kong, reconhecendo "a importância do respeito pelo modelo um país dois sistemas e da defesa dos valores democráticos".
No texto, manifestava-se ainda "solidariedade com a população que pacificamente quer fazer a sua vida quotidiana, mas que vêm sido prejudicada pelos protestos e apelava-se, ainda, "ao restabelecimento da serenidade e da ordem nas ruas de Hong Kong".
O voto apresentado pelo Bloco de Esquerda, em cujo texto se transmitia um apoio total aos protestos, teve apenas o apoio do PAN, Livre e Iniciativa Liberal, tendo merecido a oposição do PS, PSD, PCP e PEV.
O Bloco de Esquerda, que nesta iniciativa teve a abstenção do CDS e Chega, considera que a repressão policial "tem sido uma constante, através de disparos de gás lacrimogéneo, balas de borracha e mesmo fogo real contra civis".
"A Amnistia Internacional acusa as forças de segurança de terem mão pesada contra manifestações largamente pacíficas e de provocarem um aumento de tensão, bem como de prenderem médicos que tentam tratar os manifestantes feridos", observa-se no texto dos bloquistas.
Nesse sentido, o Bloco de Esquerda propôs que a Assembleia da República assumisse "uma posição firme e inequívoca na defesa dos direitos humanos e de apoio a todos aqueles que lutam pela democracia em Hong Kong", condenando "as manifestações de violência por parte das forças de segurança".
O Bloco de Esquerda considerava ainda importante que o parlamento manifestasse "a sua solidariedade com o movimento democrático de Hong Kong", apelando à realização de uma "investigação independente ao uso da violência, tortura e detenções ilegais desde o início dos protestos em Hong Kong".
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