Dia de 1.º debate quinzenal da legislatura. 'Pequenos' com minuto e meio
O primeiro-ministro, António Costa, abre hoje o primeiro debate quinzenal da legislatura na Assembleia da República com uma intervenção sobre "políticas de rendimento", numa altura em que encetou com PCP, BE, PAN e Livre negociações sobre o Orçamento do Estado.
© Reuters
Política Parlamento
António Costa tem definido a política de rendimentos como uma das "prioridades centrais" do seu Governo na presente legislatura e o Executivo já avançou com uma proposta em sede de concertação social para aumentar gradualmente o salário mínimo até atingir 750 euros mensais em 2023.
Este será o primeiro debate quinzenal do presidente do PSD, Rui Rio, na sua dupla condição de líder social-democrata e presidente da bancada, após a sua eleição pelos deputados sociais-democratas na semana passada.
Depois da polémica com os tempos de intervenção reservados aos deputados únicos na semana passada, e de acordo com o consenso alcançado na comissão de Assuntos Constitucionais de terça-feira, os parlamentares do Chega, André Ventura, do Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, e do Livre, Joacine Katar Moreira, disporão de um minuto e meio para intervir.
Todos os partidos com assento parlamentar concordaram ainda em atribuir para a generalidade dos debates as mesmas regras que foram concedidas ao deputado único do PAN na anterior legislatura aos atuais três deputados únicos de Chega, Iniciativa Liberal e Livre, de forma transitória, até que um grupo de trabalho comece e termine a revisão do regimento da Assembleia da República.
Na origem da polémica esteve a aprovação na conferência de líderes de quinta-feira de um relatório de um grupo de trabalho liderado pelo vice-presidente do parlamento e bloquista José Manuel Pureza que previa o estrito cumprimento do atual regimento, que só contempla tempos de intervenção para grupos parlamentares partidários (dois ou mais deputados), assim como a sua participação na conferência de líderes, órgão no qual se decidem os agendamentos e outras questões de funcionamento da Assembleia da República.
PS, BE, PCP e PEV foram favoráveis a esta posição, enquanto PSD, CDS-PP e PAN defenderam que devia ser adotada a exceção que foi atribuída na anterior legislatura ao então deputado único do PAN, André Silva, com um minuto para falar em debates quinzenais com o primeiro-ministro, por exemplo, e o estatuto de observador na conferência de líderes.
BE propõe 35 horas para o privado e valorização do trabalho por turnos
O BE entrega hoje no Parlamento três projetos de lei que visam a adoção das 35 horas de trabalho semanais no setor privado, a valorização da contratação coletiva e melhores condições para quem trabalha por turnos e à noite.
"São três projetos distintos, mas todos visam, de uma forma ou de outra, valorizar o trabalho, valorizar os salários e criar maiores mecanismos de proteção dos trabalhadores", disse à Lusa o deputado José Soeiro.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com