A troca de ‘galhardetes’ entre Assunção Cristas e André Ventura conhece, esta sexta-feira, um novo capítulo.

Depois de a líder do CDS-PP ter atribuído erroneamente, em entrevista à rádio Observador, uma declaração de André Ventura ao eurodeputado centrista Nuno Melo, o líder do Chega vem agora acusar Cristas de “cometer erros” e de liderar um partido que já não é o “original”.

Em declarações ao Notícias ao Minuto, o presidente do Chega diz que o facto de Assunção Cristas ter confundido uma frase sua como sendo do eurodeputado Nuno Melo é “prova” de que “grande parte dos militantes do CDS votou na coligação Basta nas europeias e prepara-se para votar no Chega nas legislativas”.

E não poupa nas críticas à sucessora de Paulo Portas. “Depois de ver os erros que ela própria cometeu, Assunção Cristas vem mostrar-se indignada por compararem o Chega e o CDS que, segundo ela, ‘não têm nada a ver’. Mas Assunção Cristas está errada”, asseverou, explicando que o “CDS original, que se dizia de Direita, não hesitaria em apoiar as causas do Chega”.

Questionado sobre as causas que ambos os partidos poderiam partilhar, André Ventura destacou a “luta contra a corrupção e o despesismo público, a luta contra a impunidade dos bandidos, a indignação com o comportamento de algumas minorias, as condições em que os polícias trabalham, a classe média sufocada em impostos para sustentar os que não querem fazer nada”.

E virando-se para o presidente do PSD, Ventura é perentório: “O que preocupa Assunção Cristas e Rui Rio é só uma coisa: eles sabem que o Chega é o líder natural da Direita autêntica e isso provoca-lhes um medo terrível, afinal, os dois representam aquela Direita envergonhada que não tem coragem de assumir absolutamente nada”.

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