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“Ou queremos o país a colapsar, ou queremos o défice a reduzir”

Manuela Ferreira Leite acusou, esta quinta-feira, o Governo de apenas investir em “coisas novas” e esquecer de conservar aquilo que existe.

“Ou queremos o país a colapsar, ou queremos o défice a reduzir”
Notícias ao Minuto

23:35 - 22/11/18 por Natacha Nunes Costa

Política Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite, no seu espaço de comentário político na TVI 24, teceu várias críticas ao modus operandi do Governo perante as infraestruturas.

Apesar do centro da questão ser a tragédia de Borba e a atribuição de responsabilidades da mesma, a antiga ministra das Finanças não tem dúvidas que o Executivo não dá a atenção que devia (e o investimento) ao que já está construído e diz mesmo que casos como o de Borba há muitos por todo o país.

“Nada foi feito, pura e simplesmente, porque para haver conservação das infraestruturas é necessário dinheiro e quando não há dinheiro, ou quando não se quer gastar em certas coisas, acontecem casos como este. O Executivo passou competência da manutenção daquela estrada para a Câmara Municipal, mas não lhe passou o dinheiro”, começou por dizer a social-democrata.

Para Manuela Ferreira Leite, o Governo está mais preocupado em “comprar coisas novas” do que em conservar o que já existe.

“O investimento não é simplesmente comprar coisas novas, o investimento é também conservar aquilo que existe. Nós vemos em todos os equipamentos do país que há uma degradação. Não se tem feito a manutenção dos equipamentos que existem”, explica.

Na opinião da ex-governante, António Costa e o seu Executivo estão focados em “conseguir resultados extraordinários em questão orçamental” a todo o custo.

“O ministro Pedro Marques disse ter uma data de milhões consignados [para infraestruturas} e eu admito que isso seja verdade, o problema é que tem adjudicados mas não os pode gastar porque o ministro das Finanças não vai deixar. E é aí que temos de tomar uma opção. Ou queremos o país a colapsar ou queremos o défice a reduzir, não temos grande hipótese de ter as duas coisas”, acusou Ferreira Leite acrescentando que é “fácil anunciar milhões quando não os vamos gastar”.

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