Comecemos pelo socialista Porfírio Silva para quem o “caso Robles é necessariamente grave para quem representa uma força política que usa argumentos pretensamente morais para discutir políticas”.
Na sua página de Facebook, o deputado do PS diz que “ao pretenderem ser moralmente superiores aos demais, ficam mais expostos à demagogia que usam para atacar os outros” e, neste caso, o “Bloco não é o único a confundir soluções políticas com moralismos fáceis sobre comportamentos individuais”.
Já o social-democrata Carlos Abreu Amorim ataca Francisco Louçã após o seu comentário televisivo de sexta-feira à noite, acusando-o de, “pateticamente, legitimar a evidente hipocrisia bloquista, filha dileta da falta de vergonha na cara e do fingimento inesgotável da extrema-esquerda caviar”.
Por fim, quem também não se absteve de comentar o caso polémico do prédio de Ricardo Robles em Alfama foi Alfredo Barroso, apontando o dedo à Direita e até à comunicação social.
“Se fosse proprietário de algum prédio, sendo eu de Esquerda, era capaz de fingir por uns tempos (até o conseguir vender) ser simpatizante da Direita, para evitar que os abutres da política e do jornalismo que temos me caíssem em cima”, escreveu o antigo secretário de Estado português na sua página do Facebook.
Nesta senda, e fazendo uso de uma certa ironia, Alfredo Barroso diz que os “partidos de Esquerda têm o dever de recrutar os militantes entre ‘pobres de pedir’, ‘sem-abrigo’ que dormem ao relento, ‘putas’ à beira das estradas, ‘et coetera’ e tal, para não concorrerem com os ‘direitos exclusivos’ da Direita, nem os usurparem – está quieto ó melro!”.
Face a toda a confusão instalada com o já chamado ‘caso Robles’, aquele foi um dos membros fundadores do PS – partido que abandonou em 2015 – diz ainda que este tema só é polémico porque a “Direita mais estúpida do mundo e o jornalismo mais medíocre de sempre alimentam-se do ‘escarafuncho’ ilegítimo e injusto, porque não têm ideias novas, diferentes, construtivas, decentes para defender”.
“São um conjunto de abutres escarrapachados nos ramos de uma árvore descarnada no meio de um deserto de ideias”, remata.