Para PSD é "grande surpresa a má notícia" de saída da CGD do Luxemburgo

O deputado social-democrata Carlos Alberto Gonçalves considerou hoje "uma grande surpresa a má notícia" do encerramento da operação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Luxemburgo, país em que a comunidade portuguesa representa 16% da população.

Caixa Geral de Depósitos

© Global Imagens

Lusa
27/07/2018 20:57 ‧ 27/07/2018 por Lusa

Política

Banco

"Não nos tinham informado que havia intenções de encerrar a operação da CGD no Luxemburgo. Tínhamos conhecimento do encerramento de balcões em países com comunidades portuguesas importantes, como é o caso de África do Sul e Espanha. Temos a operação em França, até pelo movimento que houve de trabalhadores, aparentemente em risco. Foi uma grande surpresa esta má notícia, porque não nos informaram que havia intenções de encerrar a operação no Luxemburgo", disse Carlos Alberto Gonçalves à agência Lusa.

O deputado do PSD, eleito pelo círculo eleitoral da Europa, frisou que, "o que está a acontecer lamentavelmente, distancia aquilo que é um banco público e um universo de portugueses" emigrantes, espalhados pelos quatro quadrantes do mundo.

"É pena ver que as comunidades portuguesas, aparentemente nas áreas económica e do investimento, não parecem ser uma prioridade do atual Governo e da atual liderança da CGD", observou, classificando o banco público "essencial para Portugal, para os portugueses e para a sua economia".

Em comunicado, a CGD comunicou o fecho de sucursais no Luxemburgo e também em Nova Iorque, no âmbito do Plano Estratégico, negociado com a Comissão Europeia, como contrapartida da recapitalização do banco público português.

A sucursal em Nova Iorque e os dois balcões no Luxemburgo foram considerados como de "menor expressão".

O comunicado da CGD adiantou que, dos "5% da população" residente no Luxemburgo, "40% são igualmente clientes em Portugal" e que "os encerramentos considerados incidiram sobre as sucursais com menor expressão", incluindo também a sucursal em Londres e as 'offshore' de Ilhas Caimão e Macau, encerradas em 2017.

Há 21 anos que a CGD tem atividade no Luxemburgo, Grão-Ducado com pouco mais de 600 mil habitantes.

O encerramento da operação em Luxemburgo vai afetar 23 trabalhadores, de acordo com os sindicatos no país.

A redução da operação da CGD fora de Portugal engloba também o Brasil e foi acordada em 2017, ano em que fecharam 67 balcões.

Até 2020, a CGD terá de encerrar 180 balcões em Portugal, 70 dos quais este ano.

Em 2017, fecharam 67 balcões e a CGD terá de fechar, além dos 70 deste ano, mais 43 balcões nos próximos dois anos.

 

 

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