Para PSD é "grande surpresa a má notícia" de saída da CGD do Luxemburgo
O deputado social-democrata Carlos Alberto Gonçalves considerou hoje "uma grande surpresa a má notícia" do encerramento da operação da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Luxemburgo, país em que a comunidade portuguesa representa 16% da população.
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Política Banco
"Não nos tinham informado que havia intenções de encerrar a operação da CGD no Luxemburgo. Tínhamos conhecimento do encerramento de balcões em países com comunidades portuguesas importantes, como é o caso de África do Sul e Espanha. Temos a operação em França, até pelo movimento que houve de trabalhadores, aparentemente em risco. Foi uma grande surpresa esta má notícia, porque não nos informaram que havia intenções de encerrar a operação no Luxemburgo", disse Carlos Alberto Gonçalves à agência Lusa.
O deputado do PSD, eleito pelo círculo eleitoral da Europa, frisou que, "o que está a acontecer lamentavelmente, distancia aquilo que é um banco público e um universo de portugueses" emigrantes, espalhados pelos quatro quadrantes do mundo.
"É pena ver que as comunidades portuguesas, aparentemente nas áreas económica e do investimento, não parecem ser uma prioridade do atual Governo e da atual liderança da CGD", observou, classificando o banco público "essencial para Portugal, para os portugueses e para a sua economia".
Em comunicado, a CGD comunicou o fecho de sucursais no Luxemburgo e também em Nova Iorque, no âmbito do Plano Estratégico, negociado com a Comissão Europeia, como contrapartida da recapitalização do banco público português.
A sucursal em Nova Iorque e os dois balcões no Luxemburgo foram considerados como de "menor expressão".
O comunicado da CGD adiantou que, dos "5% da população" residente no Luxemburgo, "40% são igualmente clientes em Portugal" e que "os encerramentos considerados incidiram sobre as sucursais com menor expressão", incluindo também a sucursal em Londres e as 'offshore' de Ilhas Caimão e Macau, encerradas em 2017.
Há 21 anos que a CGD tem atividade no Luxemburgo, Grão-Ducado com pouco mais de 600 mil habitantes.
O encerramento da operação em Luxemburgo vai afetar 23 trabalhadores, de acordo com os sindicatos no país.
A redução da operação da CGD fora de Portugal engloba também o Brasil e foi acordada em 2017, ano em que fecharam 67 balcões.
Até 2020, a CGD terá de encerrar 180 balcões em Portugal, 70 dos quais este ano.
Em 2017, fecharam 67 balcões e a CGD terá de fechar, além dos 70 deste ano, mais 43 balcões nos próximos dois anos.
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