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"PSD cometeria um erro se fosse percecionado como muleta do PS”

Luís Montenegro quer ajudar o PSD a vencer as terceiras eleições legislativas consecutivas, mas não advoga uma mudança de líder do partido que foi legitimado pela escolha democrática dos militantes.

"PSD cometeria um erro se fosse percecionado como muleta do PS”
Notícias ao Minuto

22:52 - 25/07/18 por Filipa Matias Pereira

Política Luís Montenegro

Luís Montenegro, ex-líder parlamentar social-democrata, em entrevista à antena da SIC Notícias, começou por analisar os resultados das últimas sondagens onde é equacionada a maioria absoluta do Partido Socialista. Já para o PSD, perspetivam-se apenas 27% dos votos, um rácio bem abaixo dos valores granjeados por Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite.

Na opinião do político, “aquilo que estará por trás destes indicadores deve ser encarado com preocupação por quem, como eu, quer ver o PSD a voltar a ganhar as legislativas”.

Essa preocupação, aliás, “tem várias nuances que me têm apoquentado, desde logo há uma ideia de derrotismo por parte do PSD que é de todo injustificada, ou deveria ser. Em 2015 foi o PSD que ganhou as eleições, é o partido que tem mais deputados na Assembleia da República e mesmo em 2014, nas eleições europeias, o resultado não foi catastrófico”.

No entendimento do ex-líder parlamentar do PSD, o partido “deve contrariar esta ideia e lembrar ao país o que foi a sua governação, mas não deixar escapar aquilo que tem andado arredado da maioria das pessoas: que o PSD enfrentou um período dificílimo de governação, mas ultrapassou-o com sucesso e o país saiu da recessão. Não só fizemos bem, como vamos conseguir fazer mais e melhor”, ressalvou. 

Já relativamente aos acordos celebrados entre António Costa e Rui Rio, Luís Montenegro vê com bons olhos a convergência “em busca de soluções e reformas políticas que possam ser duradouras independentemente da força liderante”. Se, reforçou, “os maiores partidos estiverem de acordo sobre aspetos fundamentais e estruturantes da estratégia de desenvolvimento do país e a possam projetar, independentemente dos resultados eleitorais, isso é positivo para o país”.

Luís Montenegro, questionado diretamente sobre o tema, afirma que não é candidato à liderança do Partido Social-Democrata, defendendo que não considera que “deva haver uma mudança de líder do PSD”. Porém, o ex-líder parlamentar social-democrata advoga uma “mudança da estratégia que tem sido seguida e do comportamento porque tenho observado em muitos momentos que o partido não tem conseguido dar uma ideia de unidade para fora que possa ser suficientemente mobilizadora, forte para gerar a confiança dos eleitores”. Aliás, para Montenegro, “faz falta ao país uma diferença entre o PSD e o PS”.

Neste momento, o político está “concentrado em contribuir para que o PSD possa olhar para a solução política atual e, com o líder que tem e que escolheu, mudar a estratégia, de forma a que as pessoas possam apreender aquilo que são os marcos principais do nosso programa político e sobretudo nos pontos em que se diferencia do PS”.

Montenegro defendeu ainda que o primeiro-ministro tem sido deixado "à solta" e que o PSD “cometeria um erro enorme se fosse percecionado como uma muleta do PS”.

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