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PCP reclama avanço do projeto de remodelação do hospital de Beja

O PCP reclamou hoje medidas do Governo para o avanço de um projeto com quase 46 anos para remodelação e ampliação do hospital de Beja, que diz ter "dificuldade" em funcionar em condições adequadas nas atuais instalações.

PCP reclama avanço do projeto de remodelação do hospital de Beja
Notícias ao Minuto

10:57 - 05/06/18 por Lusa

Política Grupo parlamentar

Num projeto de resolução que entregou na Assembleia da República e enviou hoje à agência Lusa, o Grupo Parlamentar do PCP recomenda ao Governo que adote "as medidas necessárias para que se iniciem os procedimentos para a remodelação e a ampliação do hospital de Beja".

Segundo os comunistas, o hospital de Beja, gerido pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), tem "disfuncionalidade evidente" ao nível das instalações e "inerente dificuldade em assegurar as adequadas condições de funcionamento" para prestar "um serviço digno e de qualidade" aos utentes.

O hospital também tem "dificuldade" em garantir condições de acessibilidade, conforto e segurança aos utentes e aos profissionais, refere o PCP, frisando que a necessidade de remodelação e ampliação da unidade, que "já era evidente" há 46 anos, "agudizou-se recentemente com o aumento de requisitos associados a uma melhoria da prestação de cuidados".

Os comunistas reforçam "a justeza" do projeto de remodelação e ampliação do hospital e que prevê a melhoria de diversas instalações técnicas, como as de imagiologia e internamento, a adequação e o funcionamento em edifício moderno das valências de consultas externas, urgências geral e pediátrica, patologia clínica, gastroenterologia, imunohemoterapia, bloco operatório e unidade de cuidados intensivos e a criação de um heliporto.

O PCP lembra que "passaram já quase 46 anos desde que o processo de remodelação e ampliação do hospital de Beja surgiu pela primeira vez, com a elaboração do programa funcional e do respetivo projeto técnico, considerando-se já à data uma necessidade urgente para colmatar insuficiências do projeto inicial que havia sido implementado em outubro de 1970".

Até 2010, lembra o PCP, o programa funcional e o projeto técnico "sofreram alterações promovidas pelos sucessivos governos" e estiveram inscritos em vários programas de investimento do Estado "a aguardar a disponibilização de verbas para a empreitada, visando uma candidatura a cofinanciamento com valor elegível de aproximadamente 25 milhões de euros", o que "nunca se concretizou".

"Ao fim de todo este tempo, regista-se, lamentavelmente", que o projeto de remodelação e ampliação do hospital "tem sido protelado, sem que tenha sido esclarecido e assumida qualquer estratégia de implementação por parte dos sucessivos governos", afirma o PCP.

Atualmente, "apesar de se continuar a observar mapeamento e inscrições de verbas em planos de investimentos da ULSBA", há "o risco" de "continuação da indefinição", alerta o PCP, referindo que o programa funcional e o respetivo projeto já estão concluídos, mas é "necessário definir a calendarização do lançamento do concurso e execução da empreitada, acautelando a possibilidade de candidatura aos fundos europeus".

Segundo o PCP, é "indispensável" que haja uma "definição clara" do montante global do investimento, da sua repartição plurianual e das respetivas fontes de financiamento, do cronograma e faseamento da construção e dos procedimentos a adotar e das medidas que simplifiquem e facilitem a concretização da remodelação e da ampliação do hospital de Beja.

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