Porto aprova por unanimidade alerta sobre degração do serviço dos CTT

A Câmara do Porto aprovou hoje por unanimidade alertar o Governo e a ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações para a deterioração do serviço postal universal no concelho, solicitando às duas entidades uma intervenção "atempada" para evitar maiores problemas.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
06/03/2018 11:37 ‧ 06/03/2018 por Lusa

País

Autarquia

Na reunião camarária pública, a moção foi apresentada pelos vereadores do PS a propósito da deslocação do Centro de Distribuição Postal (CDP) do centro do Porto (zonas 400 e 4050) para as Devesas, em Vila Nova de Gaia.

O vereador do PSD, Álvaro Almeida, e o presidente da Câmara, o independente Rui Moreira, questionaram os considerandos indicados pelo PS na moção, designadamente quanto ao CDP, mas decidiram votar a favor para "alertar o Governo e a Anacom" para a deterioração do serviço prestado pelos CTT porque "efetivamente está pior".

"É verdade que o serviço se deteriorou. E também estou de acordo com a necessidade de uma intervenção atempada da tutela e da entidade reguladora", observou Rui Moreira.

O vereador do PS e presidente da Federação Distrital do PS/Porto, Manuel Pizarro, contestou a 27 de fevereiro o encerramento do CDP das "zonas 4000 e 4050", apontando a necessidade de "pressionar a opinião pública para que também a entidade reguladora, a Anacom, tenha vergonha e faça o seu papel de impedir a destruição do serviço postal universal".

Quanto aos CTT, Manuel Pizarro notou que a entidade privada "tem uma obrigação de serviço público à qual está a tentar escapar", avisou que "o Estado não está desarmado" e referiu a hipótese de, "em última instância, voltar a nacionalizar" a empresa.

"O país todo tem de se unir para dizer basta a esta forma de dirigir empresa que, sendo privada, tem responsabilidades de serviço público cada vez pior asseguradas", frisou o socialista, na ocasião.

"Para já estamos a protestar nos órgãos próprios, mobilizar as autarquias, e tem de se obrigar a Anacom a cumprir a sua função de regulação. Admito que, em última instância, possa estar mesmo em causa a decisão de voltar a nacionalizar os CTT", acrescentou

Pizarro esclareceu que a nacionalização será "a última linha" do processo, mas deixou um aviso: "É preciso que estes senhores que estão a destruir os CTT tenham consciência de que o Estado português não está desarmado perante aquilo que eles estão a fazer".

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas