Pinheiro natural ou artificial, qual é a opção mais amiga do planeta?
O Notícias ao Minuto foi tentar perceber qual a opção mais sustentável, quando se trata de escolher a protagonista das decorações de Natal: a Árvore.
© iStock
País Quercus
Na época natalícia, a escolha da decoração é essencial e, no que diz respeito a escolher uma árvore de Natal, muitos são os que optam por pinheiros artificiais para evitar cortar árvores. Mas na verdade escolher uma árvore natural até pode ser a opção mais amiga do ambiente.
O Notícias ao Minuto foi falar com a associação ambientalista Quercus para tentar perceber se é ou não uma boa opção escolher um pinheiro natural e, caso seja, como deve ser escolhido de forma mais ecológica.
Segundo a vice-presidente da associação, Paula Nunes da Silva, escolher um pinheiro natural para o advento “não tem mal nenhum”, desde que, depois de utilizadas, as árvores sejam repostas ao seu meio natural ou que possam ter um destino. “Não faz sentido morrerem no vaso e não serem mais utilizadas”, explicou.
Nesta senda, a ambientalista esclarece que, ao contrário do que se possa pensar, escolher uma árvore natural “é vantajoso em detrimento das de plástico”. No caso dos pinheiros artificiais o problema é que “o plástico é derivado do petróleo e tem problemas relativamente aos resíduos”, sendo que vai acabar por demorar muitos anos para se decompor e por isso as consequências serão piores para o meio ambiente.
Paula Nunes da Silva destaca as duas opções em que ”acaba por ser mais benéfico ter um pinheiro natural do que um artificial”.
O caso dos pinheiros que são vendidos em estabelecimentos comerciais e que são criados em viveiros, que como são produzidos para esse fim não afetam o ambiente, e os pinheiros que vêm da gestão florestal que provêm de “zonas onde temos muitos pinheiros e onde tem de ser feito o corte de alguns, para prevenir fogos florestais”.
Há várias opções para poder adquirir um pinheiro natural. Este ano uma empresa startup criou uma iniciativa de aluguer de pinheiros, a #PinheiroBombeiro, que pretende ajudar o ambiente e os bombeiros. Estes pinheiros são os que foram cortados no esforço de prevenção de incêndios, e depois do Natal podem ser devolvidos num ponto de recolha e metade do lucro é doada aos bombeiros.
Outra opção, no caso dos pinheiros de viveiro, é recorrer a espaços especializados como o Horto do Campo Grande, em Lisboa, a Jardiland, no Porto, ou ao comércio local, em floristas, pequenas lojas ou mercados de Natal. Depois de escolhido, é só decorar (se já não for a tempo este ano, tente no próximo)!
A Quercus relembra, ainda, conselhos para um Natal mais sustentável. Pede às pessoas que poupem na energia e adiram à reciclagem. Apela a que não caiam na tentação do consumismo, que façam uma boa gestão dos óleos da comida e que tenham cuidado para "não deitar o óleo nas tubagens porque contamina a água”.
Recorda, também, que devem tentar reciclar os papéis dos embrulhos para outras ocasiões e que os lixos domésticos não devem ser despejados logo a seguir ao Natal, “porque nessa fase os serviços municipalizados não funcionam e isso vai provocar entulhos”.
Quando pensarem em oferecer brinquedos às crianças, a Quercus pede que tentem "comprar coisas com menos pilhas e luzinhas", o que se aplica também às iluminações de Natal que, segundo a associação, devem ser usadas “mais perto do advento e não com mais de um mês de antecedência como acontece normalmente”.
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