Os trabalhos na vila alentejana estão em curso desde outubro de 2011 e o prazo de execução previsto para a empreitada principal era de 14 meses, pelo que deveria ter ficado concluída no final do ano passado.

Esta intervenção, de cerca de 2,5 milhões de euros, inclui arranjos nas vias públicas, pavimentação, colocação de mobiliário urbano, substituição de condutas de abastecimento de água e requalificação da rede de drenagem de águas residuais.

No início deste ano, teve início uma nova empreitada correspondente à renovação da rede de iluminação pública do centro urbano, com menor consumo energético.

Esta fase tinha conclusão prevista para maio, mas, também só deverá ficar pronta em julho, bem como a colocação da sinalética urbana, indicou José Alberto Guerreiro.

Todas estas intervenções somam um investimento superior a três milhões de euros, que conta com uma comparticipação de fundos comunitários de 56%.

O autarca prevê que esteja igualmente finalizada, até ao final de julho, a instalação da ponte pedonal sobre o rio Mira, um investimento de cerca de 1,3 milhões de euros, comparticipado em 83,5% por dinheiros da União Europeia.

Para o presidente da Câmara de Odemira, os objetivos ambientais que estavam subjacentes ao projeto de requalificação foram cumpridos.

Com a renovação da rede de abastecimento de água, referiu, “haverá, com certeza, menos perdas”, uma vez que as canalizações tinham “mais de 50 anos” e “fugas sistemáticas”.

Além disso, a qualidade da água está “muito mais assegurada”, tendo em conta que “havia problemas localizados e identificados como sendo de origem das tubagens”.

O autarca sublinhou ainda o facto de, agora, os esgotos da vila estarem a ser totalmente encaminhados para a Estação de Tratamento de Águas Residuais, quando, antes da intervenção, uma parte fluía com as águas pluviais para o rio Mira.

“Já se nota perfeitamente no rio Mira o efeito dessa separação das escorrências de pluviais e de efluentes”, reforçou.

José Alberto Guerreiro evidenciou também que, cada vez mais, a circulação na localidade será organizada no sentido de dar prioridade aos peões, antevendo que, até ao final do ano, algumas vias sejam mesmo interditadas aos automóveis.

Após a conclusão das obras, o município irá dar continuidade a um projeto de “reanimação” do centro de Odemira.

“A ideia é promover a dinamização e a reocupação dos edifícios que estão, neste momento, alguns obsoletos e outros perfeitamente devolutos”, explicou.

Em parceria com instituições privadas, a Câmara Municipal de Odemira pretende aumentar a oferta de comércio e levar para o “coração” da vila atividades como a produção de artesanato, estando prevista igualmente a instalação de um ninho de empresas de base tecnológica.