ADN de Maëlys encontrado em carro. Primeiro suspeito em prisão preventiva

Investigação ao desaparecimento de Maëlys de Araújo começa a ganhar provas mais consistentes. O primeiro suspeito, que fora libertado, foi novamente detido, desta vez sob acusação formal, depois do ADN da menina ter sido detetado no seu carro. Ficouem prisão preventiva.

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Andrea Pinto
04/09/2017 08:10 ‧ 04/09/2017 por Andrea Pinto

País

França

Uma semana após o desaparecimento de Maëlys de Araújo, a polícia parece começar a juntar provas que podem fornecer indícios do que terá acontecido à menina lusodescendente de 9 anos.

Na quinta-feira passada a polícia havia colocado sob custódia um indivíduo de 34 anos por considerar que as suas declarações sobre o que andara a fazer na noite do desaparecimento da criança não eram coerentes. Dias depois foi libertado, mas este domingo a polícia voltou a intercetá-lo.

O suspeito, recorde-se, seria um dos convidados do casamento que decorria em Pont-de-Beauvoisin, no Isère. Seria conhecido do noivo e do pai de Maëlys tendo-se ausentado da cerimónia no mesmo período de tempo em que a criança deixou de ser vista.

Se a primeira detenção se baseava apenas na incoerência das suas declarações, esta nova detenção parece estar sustentada em provas mais concretas sobre o seu possível envolvimento. O Procurador de Grenoble revelou, através de comunicado enviado à imprensa francesa, que o homem foi detido após novas perícias à sua viatura terem revelado a presença de uma pequena amostra de ADN da menina no interior da viatura - um Audi A3 - que entretanto foi lavada. O homem foi novamente detido e está agora em prisão preventiva. Dormiu já este domingo na prisão.

Na noite deste domingo, o suspeito foi oficialmente acusado de “sequestro, captura ou detenção arbitrária de um menor de 15 anos". Segundo a BFM TV, perante os juízes de instrução, o homem contestou as acusações e terá insistido em defender a sua inocência sem conseguir explicar contudo as evidências.

Segundo o advogado do homem este terá admitido ter saído do casamento, mas apenas porque queria ir a casa mudar os calções que tinha vestido e que tinha sujado com vinho.

Ao Le Dauphine, a mãe do suspeito defende a sua inocência clamando que se trata "de um rapaz gentil incapaz de fazer mal a alguém".

"Ele seria incapaz de fazer uma coisa assim, não é possível. Eu não criei um monstro. Ele garantiu-me que não tinha feito nada. Ele seria incapaz de fazer isso", defende. 

Maëlys de Araújo, de 9 anos, está em parte incerta desde a madrugada de domingo, dia 27 de agosto, quando desapareceu de um casamento onde participavam cerca de 200 convidados. Desde então a polícia já interrogou todos os presentes na cerimónia e passou "a pente fino" as propriedades que envolvem o salão de festas, tendo este domingo as buscas sido alargadas aos lagos da propriedade, com uma equipa de mergulhadores a juntar-se ao caso.

Desde que a investigação começou, duas pessoas foram detidas na passada semana, ambas por terem apresentado declarações pouco consistentes. Ainda na sexta-feira, os mesmos dois suspeitos saíram em liberdade por se considerar que não havia indícios suficientes para acusação. Contudo, a viatura do primeiro suspeito chamou a atenção das autoridades pelo facto de ter sido lavada no dia após o casamento. Perícias feitas ao carro, levaram a polícia a deter novamente o homem que é agora o principal suspeito pelo desaparecimento da criança. O indíviduo já teria, recorde-se, o seu nome inscrito na lista de autores de crime de abuso e violência sexual da Polícia Judiciária francesa.

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