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ANTROP questiona "quem paga prejuízos" de restrições a autocarros

A Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) considerou hoje inaceitável não ter sido ouvida pela Câmara de Lisboa quanto às restrições a autocarros turísticos na zona histórica da capital, questionando "quem paga os prejuízos.

ANTROP questiona "quem paga prejuízos" de restrições a autocarros
Notícias ao Minuto

17:42 - 31/07/17 por Lusa

País Lisboa

Em comunicado, a ANTROP afirmou que tomou conhecimento da situação "com grande apreensão", e considerou "inaceitável que não tenha sido sequer auscultada sobre esta medida".

Na opinião da organização, esta decisão "introduz alterações de caráter organizacional, logístico, comercial e económico na prestação de serviços ocasionais prestados".

"Tais serviços, concretamente para os meses de maior procura, agosto e setembro, foram contratados há vários meses e não é em cima da hora que as condições da sua prestação podem ser alteradas", salientou.

Assim, a ANTROP questionou "quem paga os prejuízos causados" por estas restrições.

Para a associação, "é necessário também não desvalorizar todos os transtornos e prejuízos causados com esta medida a todos os turistas e ao setor do turismo da cidade de Lisboa, responsáveis pelo crescimento económico e reputacional da cidade".

A ANTROP apontou ainda que pediu uma reunião com caráter de urgência à Câmara Municipal de Lisboa, "mas até agora não teve qualquer resposta".

Na semana passada, o município da capital informou que a circulação está proibida a autocarros turísticos com mais de nove lugares nos acessos à Sé e ao Castelo de Lisboa.

"Aquilo que pretendemos é que, se os circuitos turísticos estão todos regulamentados, os ocasionais não estão regulados e, portanto, há que regular a circulação dos veículos ocasionais de transporte de passageiros", disse à agência Lusa o vereador do Planeamento, Manuel Salgado.

O autarca explicou que a autarquia já interveio "nas zonas que são críticas, nomeadamente acessos à Sé e ao Castelo, no eixo rua Jardim do Tabaco e rua Cais de Santarém, junto ao Museu do Fado", colocando sinais proibitivos.

"Depois, a partir de 01 de setembro, pretendemos condicionar a circulação na rua do Alecrim, Chiado, rua da Misericórdia, rua D. Pedro V, até ao Rato, portanto todo esse eixo", indicou.

Manuel Salgado informou, também, que "a um prazo mais longo, já certamente em 2018", a Câmara pretende "regular" toda esta área que fica compreendida "entre a Avenida Infante Santo, Estrela, Rato, Rua Alexandre Herculano, Avenida da Liberdade até à Avenida Almirante Reis, e depois Praça do Chile, Praça Paiva Couceiro, até ao rio".

Na altura, também o secretário-geral do Sindicato Nacional da Atividade Turística, Tradutores e Intérpretes, Paulo Cosme, manifestou uma posição "totalmente contra", por cortar o acesso a estas zonas centrais da cidade, apontando "riscos imensos" para o setor.

"Os agentes de viagem já têm contratos assinados até ao final do ano, alguns para o próximo ano, há vários congressos organizados para Lisboa, e as pessoas ficam quase sempre alojadas na Baixa. [Com as restrições] Vai ser praticamente impossível ter acesso a hotéis, a restaurantes", precisou.

"Não vou pôr as pessoas a andar em carrinhas, como é sugestão do senhor vereador", acrescentou, apontando que os custos são "imensos e não é nada prático".

Paulo Cosme criticou, ainda, a falta de tempo para a adaptação às regras, visto que os operadores só foram informados na semana passada.

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