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Crianças precisam de mais tempo para brincar, dizem autoridades

A secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência considerou hoje, Dia Mundial da Criança, que se está a tentar construir adultos antes de tempo e defendeu que as crianças precisam de tempo para brincar.

Crianças precisam de mais tempo para brincar, dizem autoridades
Notícias ao Minuto

19:19 - 01/06/17 por Lusa

País Ana Sofia Antunes

Em declarações à agência Lusa, no final de uma visita ao Parque da Serafina, em Monsanto, Lisboa, onde decorrem as comemorações do Dia da Criança, organizadas pelo gabinete da secretária de Estado, Ana Sofia Antunes, enquanto responsável pelos pelouros da infância e da juventude e a inclusão, explicou aquilo que a preocupa mais hoje em dia.

"Aquilo com que me preocupo nos dias de hoje é explicar aos pais que os miúdos têm de fazer aquilo que estão aqui a fazer hoje, que é ser crianças, é brincar e não estar afogados com horários escolares super absorventes e depois cheios de atividades paralelas. Deixem-nos ser crianças", defendeu.

A secretária de Estado apontou que se está a "tentar construir adultos antes do tempo", quando, defendeu, "há tempo para tudo".

"Falta tempo para serem crianças", criticou.

Relativamente às iniciativas que estão a decorrer no Parque da Serafina, Ana Sofia Antunes explicou que, ao contrário do que foi organizado no ano passado no Pavilhão Atlântico, este ano quiseram "fazer uma coisa diferente" e trazer as crianças para brincarem ao ar livre e "dar-lhes a conhecer realidades diversas que não são comuns no dia-a-dia deles".

No caso, a secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência esteve juntamente com a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, o presidente do Instituto Nacional de Reabilitação, Humberto dos Santos, e o presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Armando Leandro.

Os responsáveis participaram num 'workshop' de braille, tendo sido divididos em quatro equipas, às quais se juntaram crianças de uma escola de Lisboa, para, em conjunto, conseguirem escrever em braille parte de uma frase da convenção dos direitos das crianças.

A equipa da secretária de Estado Cláudia Joaquim foi a vencedora e, por isso, a primeira a conseguir completar o desafio, tendo a governante admitido não fez nada porque as crianças fizeram tudo sozinhas.

"Eu acho que é muito importante eles perceberem a diferença e como é que neste caso tão concreto, que é a sua escrita e a sua forma de aprender a ler e a escrever é diferente das crianças que são cegas e que têm de aprender uma linguagem diferente", apontou Cláudia Joaquim.

Por seu lado, a secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência apontou que este exercício ajudou a "fazer alguma reflexão e sensibilização sobre o que são os direitos das crianças e dar-lhes a conhecer um bocadinho do braille", mostrando que se poder ser aprendido como um jogo.

Ana Sofia Antunes admitiu que ainda não se conseguiu construir a escola perfeita, mas defendeu que atualmente o espaço escolar é mais inclusivo do que há uns anos e que não se pode olhar para a escola como algo completamente feito ou totalmente por fazer.

"Gostava de melhorar a presença de alunos em sala de aula, menos tempo em ambiente separado dentro da própria escola, menos presença em unidade. Gostava de melhorar as condições tecnologias e o tipo de material que as crianças conseguem ter diariamente na escola", apontou.

Além desta atividade, as festas do Dia da Criança incluíram também um ateliê de língua gestual, provas desportivas, jogos tradicionais, tiro com arco, cinoterapia (interação com cães) ou hipoterapia (interação com cavalos).

Para estas atividades foram convidadas todas as escolas da área metropolitana de Lisboa e institutos ou associações que trabalham com pessoas com deficiência, tendo participado 530 crianças durante a manhã.

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