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Um adeus (definitivo) ao tabaco? Em praias e carros com crianças talvez

Esta quinta-feira começou a Conferência Europeia de Tabaco e Saúde e foram muitas as propostas apresentadas no primeiro dia de debate.

Um adeus (definitivo) ao tabaco? Em praias e carros com crianças talvez
Notícias ao Minuto

08:50 - 24/03/17 por Inês Esparteiro Araújo

País Conferência

Foi com a presença estrangeira da rainha Letízia de Espanha e do comissário europeu da Saúde e Segurança Alimentar que se iniciou no Porto a 7.ª Conferência Europeia do Tabaco e Saúde. Os desafios lançados foram muitos, mas houve boas notícias para Portugal.

Num ranking composto por 35 países referente ao controlo do tabaco em 2016, Portugal encontra-se na 15.ª posição, o que se traduz numa melhoria significativa dado que em 2013 ocupava o 24.º lugar. Nesta tabela, o Reino Unido é o grande líder, seguindo-se a Irlanda e a Islândia. Contrariamente, Alemanha, Luxemburgo e Áustria ocupam os últimos lugares.

Entre as medidas já aplicadas em alguns países – destaque para os nove que permitiram a "proibição de fumar em veículos particulares" com menores no seu interior, sendo que a associação europeia defende que os restantes países, Portugal incluído, também o façam -, foram várias as sugestões apresentadas para combater esta grande indústria pois tal como referiu Vitor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, “por ano morrem seis milhões de pessoas por causa do tabaco”.

Assim, o comissário europeu defendeu a implementação de uma série de políticas “de controlo de tabaco”, de modo a reduzir o consumo do mesmo. “Tornar todos os espaços públicos livres de fumo” - e nestes estão incluídos as praias -, “aplicar regras de idade mínima para fumar, aumentar a consciencialização sobre o tabaco nas escolas” ou “usar preços e impostos”, são algumas das medidas que Vytenis Andriukaitis quer ver os países a darem luz verde.

Além disso, Andriukaitis referiu também a questão dos cigarros eletrónicos. Dado que estes são tidos como uma alternativa para os fumadores conseguirem largar o vício, “devem ser autorizados como produtos farmacêuticos e vendidos em farmácias”, sublinhou.

Já Vítor Veloso relembrou que também é importante haver uma real “inspeção” no cumprimento da legislação que controla o tabagismo. “É preciso que, em Portugal também se consciencializem que as leis não podem só ser escritas, têm de ser vigiadas (…) tem de haver inspeção para que essas leis sejam devidamente aceites”, sublinhou.

No documento apresentado, é ainda recomendado que cada país gaste “um mínimo de dois euros per capita por ano” para controlar o tabaco. 

Por cá, em 2014, foram impostas algumas regras ao tabaco, como a proibição de cigarros com sabores ou o facto de cada maço ter 65% da embalagem coberta com mensagens dissuasoras, mas houve outras que se deixaram de parte.

Nelas estava uma das medidas que a associação europeia quer impor, a ideia de proibir fumar nos carros particulares onde se transportam crianças. Será que agora Portugal irá ceder as recomendações?

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