SPV deixa de pagar aos sistemas pelos materiais colocados nos ecopontos
A Sociedade Ponto Verde deixou de pagar pelos materiais da recolha seletiva, colocados nos ecopontos, para reciclagem, alegando custos acrescidos relacionados com as novas regras e a entrada de outra empresa na atividade, informou hoje a entidade.
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"A SPV [Sociedade Ponto Verde] é a única entidade a suportar presentemente os custos de funcionamento do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE), desde que as novas licenças entraram em vigor", a 01 de janeiro, refere uma nota enviada à agência Lusa.
Devido a custos não previstos, a entidade "vê-se assim forçada a deixar de assumir os compromissos financeiros dos resíduos de embalagens retomados a partir do final da corrente semana", avança a SPV, acrescentando que, para os resíduos "retomados até essa data, honrará os seus compromissos previamente assumidos".
A SPV era, desde há 20 anos, a única entidade a atuar na gestão dos resíduos de embalagens - papel, vidro, plástico e metal -, e aguardava a renovação da sua licença há cinco anos, o que veio a acontecer no início de janeiro, quando passou também a ter a concorrência da Novo Verde, o que implica algumas mudanças e coloca novas questões como a forma como será gerido o sistema entre as duas.
A sua tarefa foi cobrar um valor às empresas que colocam embalagens no mercado (ecovalor ou ponto verde) e financiar o SIGRE, pagando os custos de recolha e triagem das embalagens realizadas nomeadamente pelas autarquias.
"A ausência de um período de adaptação adequado ao novo modelo concorrencial, de forma a não pôr em causa a continuidade da recolha seletiva e triagem dos resíduos de embalagem, levou à criação de necessidades financeiras excecionais, não previstas para a SPV", explica agora a entidade gestora que afirma ter alertado "atempadamente as autoridades responsáveis" para esta situação.
A SPV salienta ter proposto à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), "a título transitório e face ao imediatismo do incremento de custos, aumentar os valores ponto verde, por forma a fazer face aos custos acrescidos, bem como a viabilizar deste modo a continuidade do sistema de recolha seletiva e triagem".
A proposta da SPV, "mesmo com caráter transitório e urgente, não foi, porém, aceite pela Administração", realça a nota.
"A SPV mantém-se fiel ao compromisso de que tudo continuará a fazer para cumprir a licença, assim como pretende continuar a colaborar com a administração e restantes entidades, públicas e privadas, para a construção conjunta de soluções", garante a entidade liderada por Luis Veiga Martins.
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