Meteorologia

  • 29 ABRIL 2024
Tempo
11º
MIN 11º MÁX 18º

"Não há valor que pague". Mãe de Rúben continua a "querer justiça"

Mãe do jovem agredido em Ponte de Sor continuar a reclamar justiça pelas agressões a Rúben Cavaco.

"Não há valor que pague". Mãe de Rúben continua a "querer justiça"
Notícias ao Minuto

14:01 - 17/01/17 por Notícias Ao Minuto

País Ponte de Sor

Vilma Pires, mãe de Rúben Cavaco, disse em declarações ao Notícias ao Minuto que, apesar do acordo extrajudicial com o Embaixador iraquiano, continua a "querer que se faça justiça como sempre quis desde o dia 17 de agosto" e que "não há valor nenhum que pague" aquilo pelo qual a família passou e continua a passar.

Relativamente ao valor do acordo extrajudicial, os 40 mil euros (a que se somaram os 12 mil das despesas médicas), considera-o "justo".

"Foi o valor que o advogado sempre disse que seria caso o Rúben não ficasse com sequelas da agressão sofrida pelos gémeos iraquianos. Quanto ao valor em si, a mãe de Rúben conta que se "afastou" dessas negociações e que deu sempre "carta branca" ao advogado para tratar do assunto.

Questionada sobre se havia sentido alguma pressão para chegar ao acordo alcançado, Vilma garante nunca ter sofrido qualquer tipo de pressão quer do Governo quer de quem fosse.

Contudo, considera que o processo - que está a seguir a via judicial, independentemente do acordo extrajudicial - está a "arrastar-se demasiado" e que a "imunidade diplomática já deveria ter sido levantada". "Infelizmente não está nas minhas mãos", lamenta, sugerindo que "há muita coisa política envolvida".

"Deixaram o meu filho às portas da morte. E essa dor ninguém me vai conseguir apagar", sublinha ainda, fazendo de seguida um esclarecimento a propósito das notícias que dão conta de que a família havia desistido da queixa contra os filhos do embaixador. Não houve nenhuma desistência, reforça, uma vez que o crime é público.

O que houve foi a desistência de apresentar queixa em relação aos factos ocorridos dentro do bar (insultos e empurrões dos alegados agressores). "Não à agressão bárbara ao meu filho", nota. Ainda relativamente à atuação do Governo neste caso, Vilma lamenta nunca ter sido contactada, em momento algum, por Santos Silva ou por algum membro do Executivo.

Sobre o filho conta que este já regressou às aulas e que vive a normalidade possível. "O Rúben é muito reservado. Infelizmente, o tema continua muito presente, 24 horas por dia a pensar nisto", desabafou.

O Notícias ao Minuto está a tentar obter uma reação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, até agora sem sucesso.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório