Autorregulação da publicidade a bebidas alcoólicas "funciona", diz ICAP
Organismo reage a críticas.
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País Declarações
A revista científica Addiction publicou esta semana um estudo envolvendo diferentes investigadores europeus sobre os riscos do consumo de álcool, nomeadamente apontando que este representa a principal causa de morte e incapacidade entre jovens do sexo masculino com idades entre os 15 e os 24 anos em diversos países do mundo.
O investigador Hilson Cunha Filho, do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais, da Universidade Nova de Lisboa, referiu à agência Lusa, na sequência deste estudo, que "existe uma associação forte entre o marketing do álcool e a iniciação do consumo, principalmente nos jovens".
O investigador referia mesmo que esta exposição à publicidade de bebidas alcoólicas podia aumentar em 50% o risco de consumo, deixando críticas à autorregulação da publicidade, referindo inclusive que era “constantemente desrespeitada”, como surge citado no artigo que publicámos no Notícias ao Minuto.
Em nota enviada às redações, o organismo que tutela esta área, o Auto-Regulação Publicitária-ICAP, reagiu.
O ICAP realça que é um organismo reconhecido a nível internacional e “tido como exemplar”. Mais ainda, assegura que “tem procedido a uma triagem ético-legal da publicidade “de bebidas alcoólicas.
Essa triagem pauta-se pela independência e imparcialidade”, salienta ainda o ICAP, que lembra que tem procedido “à elaboração de relatórios anuais e semestrais exaustivos sobre o conteúdo da publicidade a bebidas alcoólicas e que concluem que a comunicação ronda os 100% de licitude”.
O ICAP afirma ainda que “uma publicidade de conteúdo ético-legal e que expurga, portanto, eventuais vícios, incluindo o apelo desadequado, jamais poderá ter um impacto nocivo junto dos destinatários/consumidores”, que não hesita em referir que “o artigo veiculado traduz, pois, um profundo desconhecimento da realidade”.
O mecanismo de autorregulação “é um sistema que indubitavelmente funciona e que mais se adequa à defesa dos direitos e interesses dos consumidores e da indústria”, diz ainda o mesmo organismo.
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