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Deco diz estar a "afrontar com leilão interesses muito poderosos"

O presidente da Deco, Vasco Colaço, alertou, esta segunda-feira, que a associação "está a afrontar interesses muito poderosos, com um poder excessivo e inadmissível num Estado democrático", na sequência do leilão de electricidade ganho pela Endesa.

Deco diz estar a "afrontar com leilão interesses muito poderosos"
Notícias ao Minuto

18:52 - 06/05/13 por Lusa

País Electricidade

Vasco Colaço, que falava aos jornalistas para dar os resultados do leilão de electricidade promovido pela associação de defesa do consumidor, ao qual aderiram cerca de 600 mil pessoas, acusou as operadoras de terem feito "uma campanha de desinformação" e "difamatória" que foi lançada "mal se soube que o leilão não tinha ficado vazio".

O presidente da Deco referia-se às notícias que davam conta de uma comissão de 15 euros que a Deco iria cobrar aos interessados no leilão por cada cliente, ganhando cerca de 9 milhões de euros com a operação.

Vasco Colaço, fez questão de referir que a campanha da Deco custou 300 mil euros e que a Endesa, ganhadora do leilão, irá pagar aos associados e não à Deco, 5 euros por consumidor angariado até aos 100 mil clientes, aumentando depois o pagamento conforme o número de clientes.

"Não é intenção desta associação ficar com o dinheiro que resultar dessas comissões pagas pelo fornecedor de electricidade. Todo o valor acima dos 100 mil clientes será completamente devolvido aos associados que se inscreveram no leilão", frisou.

Para o presidente da Deco, a chamada "campanha difamatória" teve dois objectivos: "afectar a credibilidade da Deco e silenciar a sua voz" e "desacreditar a própria metodologia e o processo de leilão".

Vasco Colaço acusou mesmo os operadores de mercado de electricidade de "voracidade e abusos", que o Estado não consegue combater, por parte "de empresas quase monopolistas no sector da energia", acrescentando que a reacção das empresas "estava planeada há muito tempo e apenas aguardava o resultado do leilão na esperança de que pudesse ficar vazio".

Segundo o presidente da associação de defesa dos consumidores, a Deco "sempre teve consciência que o leilão iria provocar reacções muito violentas", mas tal não afasta a Deco "nem um milímetro daquilo que é o caminho".

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