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Moradores de aldeias de S. Pedro do Sul retomam atividades diárias

Os moradores de três aldeias de S. Pedro do Sul retomaram hoje de manhã as suas atividades habituais, depois de uma noite em que ficaram fechados em casa devido às buscas ao suspeito dos crimes de Aguiar da Beira.

Moradores de aldeias de S. Pedro do Sul retomam atividades diárias
Notícias ao Minuto

14:53 - 12/10/16 por Lusa

País Aguiar da Beira

Na terça-feira, a GNR apelou aos residentes de Candal, Póvoa das Leiras e Coelheira para se manterem nas residências, sobretudo à noite, mas ao início da manhã de hoje informou que podiam regressar às suas atividades.

"Elas estão habituadas a ser desaguadas e tive que vir. Mas vou ter cuidado", disse à agência Lusa a pastora Conceição Gomes, de 70 anos, enquanto encaminhava as suas cabras e ovelhas para o monte.

A idosa, que vive sozinha, admitiu que sentiu muito medo durante a noite, apesar de ter portas e janelas trancadas e de ser visível muita GNR na localidade.

"Eu tranquei tudo, mas se lhe apetecesse ele [o suspeito] escangalhava tudo", afirmou.

O posto de comando da GNR esteve até ao início da tarde de hoje instalado à entrada da aldeia de Póvoa das Leiras, no distrito de Viseu. Os moradores podiam passar, mas os jornalistas não, por motivos de segurança.

Carlos Rodrigues, que foi distribuir ração para animais, contou aos jornalistas que havia GNR "a cada canto" e que a população lhe pareceu calma.

"Andam cá fora na rua quase como se nada fosse", afirmou, acrescentando que a maior parte das pessoas são idosas e algumas nem se apercebem bem do que se está a passar.

Ao início da tarde, a GNR começou a mudar o posto de comando para Tebilhão, já no concelho vizinho de Arouca, no distrito de Aveiro.

A meio da manhã de hoje, o major Pedro Gonçalves, da GNR da Guarda, tinha dito aos jornalistas que a operação se ia manter na zona de Candal enquanto houvesse informações de que o suspeito se encontrava na área.

"As operações são móveis, são subordinadas às informações que estamos constantemente a recolher no terreno. Neste momento estamos a intensificar as ações aqui, se recolhermos informações de que o suspeito já poderá não estar neste local, rapidamente o nosso dispositivo é ajustado no terreno e é movimentado para outro local", realçou na altura.

A GNR tem certa de 200 militares no terreno a tentar capturar o suspeito, que deverá estar apeado e armado e conhecerá bem o terreno, uma vez que tem residência em Arouca.

A orografia do terreno, bem como as condições climatéricas, com muita chuva e vento, têm dificultado o trabalho aos militares.

Um militar e um civil foram assassinados a tiro na terça-feira de manhã em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade.

Já durante a tarde, na zona de Candal, um outro militar da GNR foi também ferido com uma arma de fogo.

Na sequência do tiroteio em Aguiar da Beira, a GNR montou uma operação policial na zona de São Pedro do Sul.

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