Governo recorre a veterinários para evitar paragem de matadouros
O Ministério da Agricultura informou hoje que a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) está a elaborar um plano, com recurso a veterinários municipais, para evitar a paragem dos matadouros de Trás-os-Montes por falta de inspetores sanitários.
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País DGAV
O esclarecimento do Governo surge depois de a agência Lusa ter dado conta de que os matadouros transmontanos foram notificados para a partir do dia 12 de outubro deixarem de receber animais "por impossibilidade" de a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) "manter o serviço de inspeção veterinária".
A entidade responsável pela inspeção sanitária alega "dificuldades com recursos humanos" que o Ministério da Agricultura avançou, no esclarecimento à Lusa, irão ser reforçados com o recrutamento de 13 inspetores sanitários.
"Já entrou em fase final o procedimento concursal que irá recrutar 13 inspetores sanitários para colmatar as insuficiências que resultarão da cessação de funções de um conjunto de inspetores avençados, que terminam o seu contrato a 12 de outubro", lê-se na informação divulgada pelo Ministério da Agricultura.
A tutela informa ainda que "neste momento, a DGAV está a elaborar um plano de trabalho especial que permita preencher eventuais faltas de inspetores sanitários, recorrendo à colaboração dos médicos veterinários da região ou de concelhos limítrofes"
"A DGAV está altamente empenhada na resolução desta situação e tudo fará para evitar qualquer interrupção de funcionamento", indicou o Ministério.
Os matadouros transmontanos foram notificados para a partir do dia 12 de outubro deixarem de receber animais "por impossibilidade" de a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) "manter o serviço de inspeção veterinária".
No documento com a classificação de "muito urgente" a que hoje a Lusa teve hoje acesso, datado de 04 de outubro, a Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região Norte (DSAVRN) notifica os matadouros de que "atendendo às insuperáveis dificuldades com recursos humanos, não deverão admitir animais a partir de 12 de outubro, inclusive".
A comunicação sublinha as dificuldades "especialmente de inspetores sanitários" atribuídas a "baixas por motivos de saúde de alguns técnicos" que impossibilitam manter "ao serviço, a partir do próximo dia 12 de outubro, seis inspetores" que realizam as inspeções sanitárias na região de Trás-os-Montes.
O organismo governamental responsável pelas inspeções indicam na comunicação que os matadouros "não deverão admitir animais a partir desta data (12 de outubro), sem que por parte dos serviços obtenham a confirmação de que poderá ser garantida a inspeção sanitária".
O presidente do Conselho de Administração do Matadouro no Cachão, Manuel Rodrigues, alertou que uma paragem forçada por falta de inspetores sanitários pode por em causa a sobrevivência do maior equipamento de abate de Trás-os-Montes.
O matadouro do Cachão tem 21 funcionários e abate uma média de quase 3.000 animais por mês, entre bovinos, suínos e pequenos ruminantes, com um volume de negócios entre "70 e 80 mil euros" que não podem ser realizados sem as inspeções sanitárias asseguradas pelo organismo governamental.
"É também uma dificuldade para os produtores. O matadouro mais próximo seria o de Penafiel", indicou Manuel Rodrigues, sublinhando a distância que seriam obrigados a percorrer para poderem abater os animais e manterem a atividade económica.
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