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Idosas, doentes ou migrantes mais vulneráveis na violência doméstica

Mulheres idosas, doentes, com problemas mentais ou migrantes são grupos particularmente vulneráveis e com necessidades específicas de proteção enquanto vítimas de violência doméstica, segundo as conclusões de um estudo hoje divulgado.

Idosas, doentes ou migrantes mais vulneráveis na violência doméstica
Notícias ao Minuto

20:22 - 30/09/16 por Lusa

País Estudo

O trabalho sobre violência, Projeto SNaP (Necessidades Específicas e Proteção), destinou-se a identificar grupos de mulheres vítimas de violência doméstica com necessidades específicas, e as medidas para as proteger. Decorreu em mais quatro países europeus e em Portugal foi feito pelo Centro de Estudos para a Intervenção Social.

Conclui a investigação, de acordo com um comunicado do Centro, que o sistema de proteção a vítimas de violência doméstica é geralmente pensado de forma estandardizada e por isso não contempla a inclusão de vítimas com necessidades específicas.

É necessário, afirma-se no documento, levar em conta essas especificidades, nomeadamente aquando da imposição de medidas de coação num processo criminal.

"Particularmente complexa é a situação de vítimas que estão dependentes de cuidados. Sobretudo nos casos em que a pessoa que habitualmente providencia os cuidados é a agressora, são escassas as soluções alternativas para assegurar o bem-estar das vítimas, nomeadamente soluções que tornem possível à vítima permanecer em sua casa dispondo do apoio adequado", alerta-se.

No documento assinala-se como "particularmente importante" a questão da proteção imediata. Porque "há sérias dificuldades" para encontrar abrigo para vítimas com necessidades específicas.

É que - acrescenta-se - mulheres com problemas de saúde mental graves, mulheres com deficiências físicas graves, mulheres com deficiências intelectuais e mulheres dependentes de cuidados devido à idade ou a uma doença são tendencialmente colocadas em lares para pessoas idosas por impossibilidade de colocação numa casa abrigo.

No documento assinala-se também que as medidas de coação ainda são insuficientes e salienta-se a necessidade de uma resposta mais integrada, com melhor articulação no sistema judicial e entre diferentes organismos e serviços em geral.

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