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Polícia Marítima quer "confirmar" se mais alguém caiu de arriba

Polícia Marítima disse hoje continuar a efetuar buscas na Praia dos Machados, em Odemira, para "confirmar a informação do homem" resgatado de uma arriba esta madrugada, de que, alegadamente, teria visto "uma outra pessoa cair".

Polícia Marítima quer "confirmar" se mais alguém caiu de arriba
Notícias ao Minuto

11:58 - 07/07/16 por Lusa

País Odemira

"Estamos, simplesmente, a tentar confirmar a informação do homem que foi retirado do local e que diz ter descido a falésia para, alegadamente, verificar se alguém tinha caído ou não", explicou hoje à agência Lusa o comandante da Polícia Marítima de Sines, José António Gouveia.

O homem, de 26 anos, "com documentação alemã, mas natural da Guatemala", disse o responsável da Polícia Marítima, foi resgatado esta madrugada de uma arriba na Praia dos Machados, no concelho de Odemira, distrito de Beja, numa operação que demorou várias horas.

O jovem, descrito como um caminhante que estaria a fazer a Rota Vicentina, foi retirado de uma altura de entre 80 a 100 metros por bombeiros e puxado por cabo individual, numa operação que envolveu cerca de 25 elementos das várias entidades e também vários civis, explicou José António Gouveia.

"Este sinistrado diz ter visto um cão e um pescador" numa determinada zona da falésia e que, "momentos depois, deixou de os ver", tendo decidido descer a arriba, relatou José António Gouveia, que é também capitão do Porto de Sines.

Contudo, continuou, a Polícia Marítima "não pode confirmar esta versão porque os dois pescadores que se encontravam no local, um dos quais foi o que deu o alerta às autoridades, dizem que o cão que estava lá era deles e que nenhum teve qualquer tipo de problema".

"Por isso, o que andamos é a tentar encontrar na zona mais alguma coisa que nos ajude a perceber o que é que aconteceu" e se, de facto, "desapareceu mais alguém ou não", referiu.

Além das buscas por terra, que estão a ser realizadas por elementos da Polícia Marítima, esta autoridade disse estar também "em contacto com todos os postos da GNR da zona" para apurar se, durante o dia, "alguém comunica o desaparecimento de uma pessoa".

"Pedimos ainda ao pescador que nos deu o alerta para ir ao local, para indicar os sítios onde esteve e o que presenciou e vamos novamente falar com o sinistrado ao hospital", embora, depois de ser resgatado e já na ambulância, de madrugada, quando relatou o sucedido, ter mostrado ser "uma pessoa coerente" e "tudo o que disse batia certo", acrescentou o comandante.

A Polícia Marítima pretende, depois, cruzar toda a informação recolhida e tomar uma decisão em relação às buscas: "Se chegarmos à conclusão de que terá sido uma má interpretação do homem, sobre o que estava a acontecer, provavelmente acabamos isto hoje", admitiu José António Gouveia.

Na opinião do comandante, o jovem de 26 anos, "se calhar numa atitude demasiado altruísta, decidiu fazer uma coisa que não devia ter feito", que foi descer a falésia, "num local complicado e a uma hora do dia também complicada", em vez de alertar as autoridades, acabando por "cair e ficar pendurado nuns arbustos", o que obrigou ao resgate.

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