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Observadores defendem realização de debate sobre futuro de Portugal

Seis signatários de um artigo hoje publicado no jornal Público defendem a realização um debate nacional para "repensar urgentemente o futuro (de Portugal) à escala global", perante um modelo europeu que "já deixou de existir".

Observadores defendem realização de debate sobre futuro de Portugal
Notícias ao Minuto

11:07 - 18/03/16 por Lusa

País Artigo

"Se a Europa é assumida como o eixo essencial do nosso quadro de inserção externa, será que as profundas mudanças ocorridas no seu projeto são para nós indiferentes e não têm qualquer consequência na definição da nossa estratégia como país", perguntam Francisco Seixas da Costa, João Costa Pinto, João Ferreira do Amaral, João Salgueiro, José Manuel Félix Ribeiro e Miguel Lobo Antunes.

Para os autores, a opção "mais óbvia" para Portugal é continuar o "modelo de alianças intra-europeias" das últimas décadas e "independente dos ciclos políticos". A segunda possibilidade seria uma "opção 'sulista' dentro da União Europeia (EU), isto é, o favorecimento e aproveitamento de um desequilíbrio no seio dos seus poderes", se o Reino Unido vier a sair da UE.

Neste quadro, os signatários consideram que Portugal poderia afastar-se "da postura integracionista" seguida nas últimas três décadas, "sem prescindir da opção europeia", mas selecionando a participação em algumas políticas, entre as quais estaria "o cenário de uma saída negociada e calendarizada do euro".

"Este modelo teria como natural pressuposto uma escolha pelo reforço de um realinhamento transatlântico mais intenso, tentando fazer ganhar a Portugal uma nova centralidade, utilizando de forma criativa os Açores, a plataforma continental e a economia do mar como ativos autónomos nessa nova equação, de que Cabo Verde poderia também vir a fazer parte", afirmam.

O embaixador Francisco Seixas da Costa, o presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal João Costa Pinto, os economistas João Ferreira do Amaral, João Salgueiro e José Manuel Félix Ribeiro e Miguel Lobo Antunes, signatários do artigo, concluem que "não se reveem necessariamente em nenhum dos modelos e consideram que todos contêm elementos que poderiam ser conjugados noutros cruzamentos de opções", convidando outros atores, políticos e não só, para "um salutar debate nacional" sobre o futuro de Portugal.

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