Problemas podem ser mais abrangentes que fraude económica, avisa Deco
Os problemas relacionados com carne de cavalo rotulada como produtos de origem bovina podem ser mais abrangentes do que uma mera fraude económica e demonstrar falta de controlo de todo o processo, disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte da Deco.
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País Carne de cavalo
A Deco anunciou hoje que detectou vestígios do medicamento anti-inflamatório fenilbutazona em produtos alimentares à venda em Portugal - nas amostras de hambúrgueres Auchan e nas almôndegas Polegar -, o que é proibido na alimentação humana. Esta substância é normalmente administrada em cavalos de desporto.
Em declarações à Lusa, engenheiro-técnico alimentar da Deco, Nuno Dias, afirmou que, embora a quantidade da substância detectada não represente um perigo para a saúde pública, a associação alerta que o problema pode ser mais abrangente e demonstrar uma eventual falta de controlo de todo o processo - desde a alimentação do cavalo até ao abate.
"Os problemas podem ser mais abrangentes do que se pode pensar", disse Nuno Dias, dois dias depois de uma equipa da Deco, na qual participa este técnico alimentar, ter sido ouvida na comissão parlamentar da Agricultura e do Mar sobre esta matéria.
Na altura, os responsáveis disseram que aguardavam as análises no prazo de duas semanas, mas os resultados, efectuados por "um laboratório de referência da União Europeia" chegaram hoje.
"No total foi analisada a presença de 14 anti-inflamatórios, dos quais apenas a fenilbutazona deu positivo", adiantou o responsável.
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