Os projetos que integram a lista final resultam dos 481 apresentados entre 07 de maio e 07 de junho, explicou Graça Fonseca, salientando que "foram poucas as propostas rejeitadas", sendo que a diminuição se deve à "fusão de propostas".

"Apareceram muitas propostas de sanitários no espaço público e em vez de haver 20 propostas diferentes, há uma que agrega as várias propostas com um valor superior àquilo que cada uma delas teria", exemplificou.

A autarca, eleita pelo PS, especificou que as principais áreas das propostas a concurso são o espaço público e os espaços verdes e a mobilidade suave.

Nesta última, já não foram apresentadas tantas propostas de ciclovias, como nos últimos anos, mas antes de construção de infraestruturas de apoio, que "quem anda de bicicleta sente que faz falta na cidade", assinalou Graça Fonseca.

"Ao longo dos anos têm-se mantido muito estáveis as áreas em que as pessoas apresentam propostas", observou a responsável, justificando este interesse com "a dimensão qualidade de vida, a dimensão lazer [e com] aquilo que as pessoas podem ter na cidade".

Além destas, também tem vindo "claramente a crescer" o número de sugestões relacionadas com o empreendedorismo, inovação e emprego. "E a cultura também mobiliza sempre muitas propostas", referiu.

No dia 21 de setembro foi publicada a lista provisória dos projetos, tendo decorrido, até ao passado sábado, o período de reclamação, nos quais foram recebidas cerca de 30.

"Ou porque as pessoas não concordam com o motivo da rejeição da proposta, ou porque não concordam como a sua proposta foi transformada em projeto... Tivemos de tudo um bocadinho", esclareceu.

Para o OP deste ano, a autarquia vai atribuir 2,5 milhões de euros, um milhão dos quais para projetos inferiores a 150 mil euros e 1,5 milhões para projetos até 500 mil euros, tal como no ano passado.

Em 2008, no primeiro ano do concurso, a Câmara de Lisboa destinou cinco milhões a estes projetos.

A votação -- que poderá ser feita através do 'site' Lisboa Participa e por mensagem de texto (para o número 4310 mais o número do projeto) -- decorre até 15 de novembro.

No ano passado, mais de 36 mil pessoas votaram nos 211 projetos a concurso, sendo que "mais do dobro" dos votos se efetuaram por mensagem de texto.

Graça Fonseca adiantou que a taxa de execução das propostas do OP se centra em 50%, tendo apenas em conta as três últimas edições.

Do OP de 2014, a responsável recordou que já dois projetos estão concluídos: a reabilitação da igreja de São Cristóvão, na Mouraria, e a formação e gratuita em programação de tecnologias de informação, denominada "Academia de código".

Relativamente às quatro primeiras edições, todas as propostas "estão concluídas", à exceção de uma, de casa destinada a mães, no pós-parto, concluiu.