Greve da Groundforce com 90% de adesão em Lisboa, diz sindicato
“É um claro sinal que os trabalhadores estão a dar à administração de que o dinheiro não pode ir só para uma parte”, afirmou dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).
© Reuters
País SITAVA
Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), afirmou este sábado aos jornalistas, a partir do aeroporto de Lisboa, que a greve dos trabalhadores da Groundforce está a ter adesão esperada.
Recorde-se que os trabalhadores da empresa de assistência em terra ratificaram ontem uma greve de 48 horas que está marcada para hoje e amanhã [domingo].
“Na escala de Lisboa, setores da placa e dos terminais, os trabalhadores efetivos estão com 90% de adesão á greve. Na área de passageiros um pouco menos, muito por culpa da quantidade enorme de prestadores de serviços”, explicou o sindicalista, acrescentando, no entanto, que todos foram convocados para fazer greve.
Fernando Henriques adianta, ainda, que na escala do Porto a adesão à greve é de “75% de forma genérica”.
“É um claro sinal que os trabalhadores estão a dar à administração de que o dinheiro não pode ir só para uma parte”, esclareceu o responsável.
Para já ainda não há cancelamentos, apenas atrasos, mas Fernando Henriques avisa que os cancelamentos devem acontecer à tarde e à noite, por uma questão de efeito ‘bola de neve’.
O nível de adesão está, "não só a corresponder, mas a superar as expetativas", afirmou Fernando Henriques.
Os trabalhadores da SPdH - Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e dos salários e o fim da precariedade laboral.
A empresa de assistência em terra, nos aeroportos de Lisboa, Porto, Funchal e Porto Santo é detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos.
Os trabalhadores da Groundforce estiveram em greve do dia 31 de julho.
Segundo o SITAVA, a greve deste fim de semana abrange também os trabalhadores das cinco empresas de trabalho temporário que prestam serviço de handling - Adecco, Cross Staff, Multitempo, Inflight Solutions e RH Mais.
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