Floresta Comum já ofereceu 292.000 plantas e vai abrir-se a privados
O projeto Floresta Comum, ao abrigo do qual foram oferecidas quase 292.000 plantas nos últimos cinco anos a diversas autarquias, vai passar a aceitar candidaturas para terrenos privados, disse hoje à agência Lusa fonte da Quercus.
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País Projeto
As plantas, autóctones, provêm dos viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mas como a procura tem superado a oferta está a ser planeado um novo projeto, com uma bolsa de árvores privada para chegar diretamente aos cidadãos no próximo ano, explicou à Lusa o coordenador da iniciativa, Paulo Magalhães.
Atualmente, as plantas são entregues, através de candidatura, a autarquias e comissões de baldios. Os privados interessados terão de provar o interesse comum e não podem retirar proveitos comerciais do projeto.
O programa surgiu associado às comemorações do Centenário da República Portuguesa em 2010 e nas cinco edições concluídas foram oferecidas pelo Floresta Comum 291.799 plantas, que tiveram como destino espaços públicos e comunitários (baldios), em 147 municípios, revelou hoje a Quercus, em comunicado enviado à Lusa.
"O programa foi montado a pensar nas autarquias, mas no sul do país há concelhos que têm poucos terrenos públicos. Haverá um regulamento próprio para candidaturas privadas", adiantou Paulo Magalhães.
Para já, estão a decorrer, desde o dia 22 de junho, as candidaturas ao Floresta Comum, que podem ser apresentadas até 18 de setembro. A oferta prevista é de quase 150.000 plantas, de 48 espécies, para a campanha de (re)arborização de outubro a fevereiro.
No ano passado, foram solicitadas quase 260.000 plantas, em 64 candidaturas, adianta a Quercus.
"De acordo com as disponibilidades dos quatro viveiros do ICNF, foram disponibilizadas 121.560 plantas", indicou a Quercus no comunicado, sublinhando que tem sido grande o empenho das câmaras municipais e das juntas de freguesia nestas campanhas.
O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercus -- Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ICNF, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Para a Quercus, as vantagens de melhorar a composição da floresta portuguesa com espécies naturais das regiões, como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros, são evidentes: "Em comparação com as espécies introduzidas, esta floresta está mais adaptada às condições climáticas portuguesas, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa".
Os formulários e regulamentos para as candidaturas estão disponíveis na página eletrónica da associação ambientalista (www.quercus.pt).
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