"Não é o momento para se falar em manifestações" de polícias
A ministra da Administração Interna disse hoje que "não é o momento" para os polícias realizarem manifestações, considerando que o processo negocial com os sindicatos da PSP sobre o estatuto profissional está "a decorrer com normalidade".
© Global Imagens
País Anabela Rodrigues
"Não é o momento para se falar em manifestações e qualquer outra forma de pressão. Não há, de momento, razão para que isso possa acontecer", afirmou Anabela Rodrigues aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
A ministra respondia ao deputado do PSD, Carlos Peixoto, e do PS, Jorge Lacão, sobre as pressões dos sindicatos da PSP e a possível realização de uma manifestação devido à proposta de alteração ao estatuto profissional.
Anabela Rodrigues garantiu que o processo negocial está "a decorrer com normalidade" e que os sindicatos vão ser em breve convocados para uma segunda ronda de reuniões.
A ministra explicou que se realizou uma primeira ronda de reuniões com os sindicatos, que depois enviaram para o Ministério da Administração Interna as propostas, que estão, neste momento, a ser analisadas.
"Esta matéria está, neste momento, em fase de negociação com as estruturas sindicais da PSP", disse, escusando-se a avançar aos deputados com soluções concretas para o futuro estatuto profissional da Polícia de Segurança Pública.
"É à mesa das negociações com os sindicatos que se devem discutir soluções em concreto. Não é altura para neste momento avançar com soluções concretas porque as propostas estão a ser analisadas", sustentou.
No entanto, avançou que um objetivo que norteia a negociação é "alcançar o melhor estatuto possível" e estabelecer uma paridade entre os estatutos da PSP, GNR e Forças Armadas.
Anabela Rodrigues esclareceu que esse "princípio de paridade não significa igualdade de soluções concretas em todos os pontos".
O deputado Jorge Lacão afirmou que a questão dos estatutos das forças de segurança "mostra um completo fracasso da política do Ministério da Administração Interna".
"Não deixa de ser extraordinário deixar para os últimos meses da legislatura a resolução de um problema tão sensível para as forças de segurança. O que estamos a ver atualmente não é bonito", afirmou o deputado socialista.
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