Portugueses ilegais em obra da Teixeira Duarte em Maputo eram visitas

Os portugueses apontados como ilegais numa obra da Teixeira Duarte em Maputo não se encontravam no local, no momento da inspeção das autoridades moçambicanas, estando apenas registados como visitas, disse hoje à Lusa fonte da empresa em Moçambique.

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© Reuters

Lusa
28/04/2015 17:26 ‧ 28/04/2015 por Lusa

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Dos 16 estrangeiros declarados pela Inspeção-Geral do Trabalho (IGT) moçambicana em situação ilegal, "quatro ou cinco são portugueses" e todos estavam registados como "visitantes" da obra da Teixeira Duarte para o Banco de Moçambique, no centro de Maputo, declarou um representante da construtora, que pediu para não ser identificado, alegando um acordo de confidencialidade com o cliente.

A mesma fonte assegurou à Lusa que a inspeção não detetou nenhuma irregularidade na Teixeira Duarte e que todos os casos dizem respeito a subconcessionárias, que "foram notificadas perante a situação de algumas pessoas como estando ilegais".

Segundo o representante da construtora em Moçambique, todas as pessoas que acedem a uma obra da empresa são registadas, quer sejam trabalhadores ou visitantes, e das 16 mencionadas pela IGT, 12 não se encontravam no local, incluindo os cidadãos portugueses.

A Teixeira Duarte, prosseguiu, exige das subconcessionárias a regularização de todos os seus trabalhadores, "mas não faz parte das suas responsabilidades fiscalizá-las", instando as empresas a normalizar a situação caso se verifique o vínculo com os funcionários em condição ilegal.

Um grupo de 16 trabalhadores estrangeiros, maioritariamente portugueses e sul-africanos, foi suspenso das suas atividades por se encontrar em situação ilegal numa obra da construtora Teixeira Duarte em Maputo, informou hoje à Lusa a IGT.

"A Inspeção-Geral do Trabalho, ao nível da Cidade de Maputo, suspendeu, com efeitos imediatos, um total de 16 cidadãos estrangeiros, maioritariamente de nacionalidades portuguesa e sul-africana, contratados pela empresa construtora Teixeira Duarte-Moçambique, que se encontravam a trabalhar ilegalmente na obra de construção das futuras instalações do Banco de Moçambique, na avenida 25 de Setembro, na baixa da cidade", declara um comunicado da entidade.

Contactada pela Lusa, a IGT não esclareceu quantos daqueles trabalhadores têm nacionalidade portuguesa.

O comunicado refere que a atividade dos trabalhadores na obra no centro da capital foi suspensa com efeitos imediatos e a empresa será sancionada.

"Os trabalhadores em causa foram surpreendidos nas empresas subcontratadas pela Teixeira Duarte, nomeadamente o Consórcio Improvair Soclima, a JFS Forjadora e a Perplan", segundo a IGT, que vai encaminhar o processo para os Serviços Nacionais de Migração "para os passos subsequentes, mais concretamente com vista ao seu repatriamento".

A Inspeção informou também que outros três trabalhadores foram encontrados em condição ilegal e sancionados, embora a sua qualidade de membros da estrutura diretiva, tenha evitado a suspensão da sua atividade, podendo ainda regularizar a sua situação.

"Nos últimos meses, a IGT tem estado a desmantelar redes de contratação e emprego de mão-de-obra estrangeira ilegal", assinala ainda o comunicado, destacando que "muitas das empresas contratantes de trabalhadores expatriados ilegais foram autuadas por serem reincidentes sobre a matéria, enquanto outras foram advertidas no sentido de, dentro do prazo deixado pelas brigadas inspetivas, corrigirem as irregularidades detetadas e, caso sejam surpreendidas novamente com a mesma situação, serão punidas nos termos previstos pela legislação".

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