Estado de alerta em Portugal sem alteração
O Secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, disse hoje que "não houve qualquer alteração" do estado de alerta em Portugal após o atentado de quarta-feira, em Paris.
© Reuters
País SIRP
"Para já não houve qualquer alteração ao estado de alerta em Portugal", disse aos jornalistas Júlio Pereira à margem da cerimónia de tomada de posse, no Ministério da Administração Interna, do diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), juiz desembargador António Carlos de Beça Pereira.
Júlio Pereira adiantou que os serviços portugueses estão a acompanhar a situação em França "em contacto com os serviços homólogos, trocando as informações necessárias neste domínio".
O secretário-geral do SIRP afirmou que as medidas em Portugal são aquelas que "já tinham sido adotadas no passado, conscientes dos riscos que existem à volta desta temática" do terrorismo.
"Não há nada para além daquilo que se fazia no passado, quanto à forma de atuação naturalmente que não vou expor a forma como os serviços trabalham", disse ainda.
Três homens vestidos de preto, encapuzados e armados atacaram na quarta-feira a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, no centro de Paris, provocando 12 mortos (10 vítimas mortais entre jornalistas e cartoonistas e dois polícias) e 11 feridos, quatro dos quais em estado grave.
Um dos alegados autores, Hamyd Mourad, de 18 anos, entregou-se às autoridades e os outros dois suspeitos, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, estão a monte.
Entre as vítimas do ataque estão os cartoonistas Stéphane "Charb" Charbonnier, 47 anos e diretor da publicação, Jean "Cabu" Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac "Tignous" Bernard, 58 anos.
Criado em 1992 pelo escritor e jornalista François Cavanna, o semanário Charlie Hebdo tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu voltar a publicar 'cartoons' do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.
Entretanto, hoje os investigadores franceses estabeleceram "uma conexão" entre os dois 'jihadistas' acusados do atentado de quarta-feira e o presumível assassino de uma agente da polícia no dia seguinte, a sul de Paris.
A informação foi avançada à agência France Presse por fontes policiais.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com