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Moradores aplaudem novos horários de bares e discotecas do Cais do Sodré mas pedem mais

Os moradores do Cais do Sodré, Lisboa, consideram positiva a restrição dos horários de funcionamento dos bares e discotecas em ‘after hours’ naquela zona, mas mantêm que a questão principal – o ruído - continua por resolver.

Moradores aplaudem novos horários de bares e discotecas do Cais do Sodré mas pedem mais
Notícias ao Minuto

12:31 - 04/01/13 por Lusa

País Noite

“De alguma forma vai restringir o número de pessoas que fazem o fluxo do Bairro Alto para o Cais do Sodré. Mas a questão principal mantém-se, que é a do ruído e que tem sido sempre descurada pela câmara”, disse hoje à agência Lusa Ana Andrade, do movimento “Aqui Mora Gente”.

A moradora falava na sequência da publicação em Boletim Municipal dos novos horários de funcionamento de bares e discotecas do Cais do Sodré em ‘after hours’. Até agora, esses estabelecimentos tinham de encerrar às 04h00 e podiam reabrir às 06h00.

Contudo, a autarquia estabeleceu que, a partir de segunda-feira, só podem abrir portas depois das 12h00, horário que já tinha sido proposto em despacho pelo presidente da câmara.

No Boletim Municipal pode ler-se que a medida foi tomada “na sequência de várias queixas e reclamações”.

Em declarações à Lusa, a representante dos moradores do Cais do Sodré defendeu uma fiscalização às condições de insonorização dos estabelecimentos nocturnos.

“Enquanto não for feita uma fiscalização séria das condições de funcionamento dos estabelecimentos, há sempre problemas que não serão resolvidos e os incómodos causados aos moradores persistem”, disse.

“Não está a ser feito um trabalho sério neste sentido, a câmara tem de exercer essa fiscalidade”, frisou Ana Andrade.

Contactado pela Lusa, o representante dos três hotéis - LX Boutique Hotel, do Hotel Bairro Alto e do Lisboa Carmo Hotel – que se juntaram aos protestos contra o ruído causado pelos frequentadores dos bares e discotecas do Cais do Sodré vê esta medida como “um primeiro passo positivo” e que vai no sentido das suas reivindicações.

“Agora falta tratar da venda das bebidas na rua e de outras matérias”, considerou.

Afirmando que o Cais do Sodré é “uma mega discoteca de rua em que cada estabelecimento é um balcão”, Carlos Ornelas alertou que “as discotecas têm regras que a rua não tem quanto à sonoridade, higiene e segurança”.

Por isso, disse que vai continuar a trabalhar com a câmara para encontrarem uma solução.

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