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Perturbações e supressões de comboios devido a greve na Refer

A greve dos trabalhadores da Refer, que contestam a fusão da empresa com a Estradas de Portugal (EP), deverá causar na quinta-feira perturbações e supressões na circulação de comboios de passageiros e de mercadorias.

Perturbações e supressões de comboios devido a greve na Refer
Notícias ao Minuto

12:13 - 17/12/14 por Lusa

País Quinta-feira

Em declarações à Lusa, fonte oficial da Refer recusou "antever o tipo de impacto" da greve dos trabalhadores da empresa, que são os responsáveis pela abertura dos canais ferroviários, adiantando que apenas existem certezas quanto ao cumprimento dos serviços mínimos decididos pelo Conselho Económico e Social (CES).

O Tribunal Arbitral determinou como serviços mínimos a circulação de um em cada quatro comboios programados habitualmente entre as 6:30 e as 10:00 e entre as 16:30 e as 20:00. No restante período, realizam-se apenas um em cada cinco previstos, estando a lista de comboios programados publicada na página da CP -- Comboios de Portugal.

Fonte oficial da CP adiantou que a empresa e os seus trabalhadores estão preparados para fazer todos os comboios, escusando-se a fazer qualquer previsão sobre os impactos da paralisação.

Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para comboios Alfa Pendular, Intercidades e Regional que não se realizem, a CP permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos, para outro dia/comboio, informa a empresa.

Os trabalhadores da Refer decidiram em plenário, a 02 de dezembro, marcar uma greve de 24 horas, com início às 00:00 de quinta-feira, para contestar a fusão com a EP anunciada pelo Governo, que, argumentam, "não é sustentada por nenhum estudo que aponte benefícios".

Em declarações à Lusa, o coordenador da Fectrans, José Manuel Oliveira, explicou que os trabalhadores da empresa pública decidiram avançar para a greve por recearem a perda dos postos de trabalho e de direitos, adiantando que o protesto poderá pôr em causa a circulação de comboios neste dia.

O processo de fusão da Refer e da EP está a ser conduzido por uma comissão, composta por seis elementos e liderada por António Ramalho, que preside à gestora da rede rodoviária (EP).

A comissão de planeamento conta com José Ribeiro dos Santos e Alberto Diogo, ambos administradores da Refer, e José Serrano Gordo e Vanda Nogueira, da EP, e ainda o economista José Carlos Osório. De fora da comissão ficou o atual presidente da gestora da Refer, Rui Loureiro.

A Infraestruturas de Portugal, nova empresa que nascerá da fusão, contará com mais de 4.000 trabalhadores -- dos quais 1.090 da Estradas de Portugal e 2.955 da Refer -- e será gestora de 13.515 quilómetros de rodovia e 2.794 quilómetros de ferrovia.

A comissão nomeada em agosto tem que definir a modalidade jurídica da fusão e do modelo de governo da futura empresa Infraestruturas de Portugal, redigir os estatutos da futura empresa e definir o plano estratégico para o triénio 2015-2017.

O Governo defende que a fusão permitirá obter ganhos de eficiência muito relevantes, designadamente ao nível da contratação externa, da eliminação da sobreposição de estruturas internas comuns às duas empresas, da redução de encargos por via de economias de escala e de uma melhor afetação dos recursos disponíveis.

Em julho, o ministro da Economia, Pires de Lima, adiantou que a fusão das duas empresas públicas "garante uma poupança, no mínimo, de 50 milhões de euros no próximo ano" e depois, em ano corrente, a partir do quarto ano, poupanças superiores a 100 milhões de euros.

A fusão entre a Refer e a EP está prevista no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI3+), aprovado em Conselho de Ministros a 03 de abril.

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