Navio da Marinha atraca em Cabo Verde para apoiar após cheias mortais

O navio da Marinha portuguesa atracou hoje em São Vicente com 56 militares para apoiar na remoção de escombros e com uma dessalinizadora para fornecer água ao hospital, após as cheias que provocaram nove mortos na ilha cabo-verdiana.

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© Marinha Portuguesa

Lusa
15/08/2025 18:17 ‧ há 2 horas por Lusa

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"O navio vai apoiar com a pesquisa hidrográfica, reforço de mergulhadores e capacidade de bombagem de água. Ainda temos água acumulada, particularmente em muitas casas, e com a Proteção Civil vão percorrer a cidade para perceber onde podem ajudar", afirmou o ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, no porto do Mindelo à chegada do navio.

 

O NRP Sines chegou à ilha na sequência da tempestade de segunda-feira, que provocou nove mortos, destruiu casas, estradas e pontes, e deixou bairros inteiros inundados.

Conta com drones para recolha de imagens aéreas em zonas de difícil acesso, mergulhadores e equipas preparadas para apoiar a população, além de capacidade hidrográfica caso seja solicitada pelas autoridades cabo-verdianas.

"Já se fez muito nestes dias, a cidade ganhou outro rosto, a vida começa a retomar a normalidade em São Vicente, mas ainda existem desafios. Será uma grande ajuda", sublinhou Paulo Rocha, acrescentando que o navio também dispõe de alguma capacidade de produção de água.

O navio já forneceu 10 toneladas, uma quantidade diária prevista para o centro de hemodiálise do Hospital Batista de Sousa, enquanto a empresa de produção e distribuição de água, Electra, continua a reparar os danos na estação de captação em alto mar, que ficou cercada por água e lama devido a um desabamento de terra.

Segundo o ministro, o NRP Sines poderá também apoiar o transporte de água de Santo Antão, ilha que dispõe de uma reserva diária de cerca de 200 toneladas, seja através de navios ou autotanques.

O navio pode ainda captar água diretamente do mar, dessalinizá-la e fornecer, inclusive durante viagens interilhas, se necessário.

O conselheiro da Embaixada de Portugal em Cabo Verde, Nuno Félix, considerou que o objetivo é "trabalhar lado a lado com as autoridades cabo-verdianas, com a proteção civil, com os militares e também com a sociedade civil, que tem feito um enorme esforço na reconstrução da cidade do Mindelo".

Além disso, afirmou que a primeira missão concreta é o abastecimento de água ao hospital, sobretudo para o setor da hemodiálise.

A guarnição, comandada pelo capitão-tenente Vítor Manuel Silva Santos, integra 12 elementos com formações específicas em mecânica e eletricidade.

O Governo cabo-verdiano declarou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau.

A Câmara Municipal de São Vicente começou a entregar subsídios às famílias das vítimas mortais e prepara apoios para desalojados.

Uma mulher foi resgatada com vida e continua por localizar uma pessoa.

Países como Timor-Leste, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe já manifestaram solidariedade para com Cabo Verde.

Leia Também: Cabo Verde diz que militares lusos vão ajudar a restabelecer serviços

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