Autarca de Penedono: "Temos todas as freguesias com focos de incêndios"

As chamas estão em todas as freguesias de Penedono, assumiu à agência Lusa a presidente da Câmara, Cristina Ferreira, que disse sentir-se "de mãos atadas" e "abandonada" neste combate feito pela população, sem comunicações.

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© CARLOS COSTA/AFP via Getty Images

Lusa
15/08/2025 18:58 ‧ há 1 hora por Lusa

País

Incêndios

"Desde ontem [quinta-feira] que estou a pedir meios, porque estava a prever esta situação, tendo em conta os concelhos limítrofes. Não temos meios aéreos. Temos todas as freguesias com focos de incêndios", afirmou Cristina Ferreira.

 

A autarca de Penedono, no distrito de Viseu, falava à agência Lusa por volta das 17h15, admitindo que se sentia "de pulsos e mãos atadas, com uma sensação de impotência muito grande, porque sem meios não se consegue fazer muito".

A presidente disse que "Souto, Granja, Arcas, A do Bispo, Telhal, Ourozinho, Antas, Penela da Beira e Castaínço que continua a arder, está o concelho todo debaixo de chamas".

"Estou sempre a pedir meio e eles não aparecem. Fomos abandonados", disse.

Cristina Ferreira acrescentou que "são as pessoas com os seus meios que estão a combater o incêndio, juntamente com os bombeiros de Penedono".

"Não estamos a conseguir dar vazão e, no meu ponto de vista, não há coordenação e lamento profundamente. Eu própria hoje, juntamente com outras pessoas já vivemos hoje alguns sustos", contou.

Cristina Ferreira defendeu ainda que "o comando devia estar no concelho, porque os bombeiros que chegam ao local não sabem as terras e para onde devem ir".

"Tenho estado a pedir meios e meios aéreos e nada. Como é que as minhas populações se vão salvar? Como é que o meu concelho se vai salvar?", soltou.

A autarca social-democrata adiantou que, "até agora, as pessoas têm conseguido salvar os seus bens, nomeadamente as suas casas", quanto a outros prejuízos, "ainda é cedo, porque ainda há muitas frentes ativas".

"Não estamos a conseguir comunicar, estamos sem comunicações. Eu própria tenho de me deslocar para conseguir usar o telemóvel. Quanto a energia, há locais em que temos e noutros não. É como estamos aqui, abandonados", revelou a autarca.

Este incêndio afeta os municípios de Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e São João da Pesqueira (distrito de Viseu), Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Mêda e Celorico da Beira (distrito da Guarda).

O incêndio de Vila Boa, freguesia de Ferreira de Aves, em Sátão, distrito de Viseu, teve alerta pela 01h03 de quarta-feira, dia 13, e no mesmo dia chegou aos municípios de Sernancelhe, também no distrito de Viseu, e ao de Aguiar da Beira, distrito da Guarda.

Pelas, 17h30, combatiam este incêndio 995 operacionais, apoiados por 322 veículos e quatro meios aéreos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O alerta para o incêndio de Freches, no Município de Trancoso, distrito da Guarda, aconteceu no sábado, dia 09, pelas 17h21.

Pelas, 17h30, combatiam este incêndio 490 operacionais, apoiados por 170 veículos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Leia Também: Mais de 200 operacionais em combate no Parque do Douro Internacional

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