"Neste momento, o incêndio que afeta três municípios está com duas frentes ativas. Uma mais na cauda do incêndio, na zona de Sátão/Aguiar da Beira, com sensivelmente 1,5 quilómetro", disse à agência Lusa, pelas 10:15, o segundo comandante do Comando Regional do Centro da Proteção Civil.
Jody Rato acrescentou que a segunda frente "está no município de Sernancelhe e tem uma frente com cerca de 200 metros" e são "duas frentes ativas a serem combatidas com meios terrestres e aéreos".
"Estamos com muita dificuldade em termos de progressão devido à dificuldade em termos de acessos, mas o trabalho realizado durante a noite foi muito positivo e profícuo - conseguiram diminuir substancialmente as frentes ativas", realçou.
Neste sentido, reforçou que "a área está consideravelmente mais reduzida, agora o trabalho é para que se consiga resolver quanto antes".
Jody Rato adiantou que, "no momento, não há aldeias em risco, embora haja algumas localidades na direção das frentes, mas é um trabalho de monitorização constante de modo que, sendo necessário, antecipa-se alguma ação de confinamento ou retirada, mas nada que esteja agora a ser definido".
O comandante das operações no terreno disse ainda que, ao longo desta quarta-feira, houve registo de "três pessoas civis que tiverem ferimentos ligeiros, nada de preocupante e foram assistidas, nada mais a assinalar", até ao momento.
O alerta para este incêndio foi dado pela 1h03 de quarta-feira, em Vila Boa, Ferreira de Aves, no concelho de Sátão, distrito de Viseu, e chegou no mesmo dia aos municípios de Sernancelhe, também no distrito de Viseu, e ao de Aguiar da Beira, distrito da Guarda.
Pelas, 10:30, combatiam este incêndio 441 operacionais, apoiados por 139 veículos e quatro meios aéreos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
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