Fogo de Arganil entrou na Pampilhosa da Serra em duas frentes

 O incêndio florestal que lavra em Arganil estendeu-se, na manhã de hoje, ao concelho vizinho da Pampilhosa da Serra, no sul do distrito de Coimbra, com duas frentes ativas, disse o presidente deste último município.

Incêndios; Bombeiros; Fogos

© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Lusa
14/08/2025 13:00 ‧ há 1 hora por Lusa

País

Incêndios

Em declarações à agência Lusa pelas 12:00, Jorge Custódio explicou que uma das situações mais preocupantes ocorre na zona nordeste do concelho, tendo as chamas evoluído de Malhada Chã (Arganil) em direção à aldeia de Covanca (Pampilhosa da Serra), mas ainda sem colocar diretamente esta povoação em perigo.

 

"Há aqui uma frente de fogo, que está mais ativa, que é a que vem da Malhada Chã para a Covanca, a Covanca está a ver o fogo de frente. E depois temos outra frente que está a descer do parque eólico, em direção ao Porto da Balsa, Camba e Castanheira da Serra", disse o autarca.

Jorge Custódio notou que as frentes provenientes do município de Arganil têm uma extensão muito grande e que as quatro citadas aldeias da Pampilhosa da Serra, embora não estando diretamente em perigo, estão na linha do fogo "e a oferecer alguma preocupação".

Ilustrou, ainda em relação a Covanca, que se trata de uma povoação com 60 a 70 moradores durante o ano, mas cuja população, no verão, atinge as cerca de 400 pessoas, cerca de seis vezes mais.

Embora nesta fase não estejam a ser retiradas pessoas das quatro aldeias referidas, "porque não há essa necessidade", Jorge Custódio lembrou que, no verão, são povoações que estão "apinhadas de gente", nomeadamente antigos residentes deslocados no país e estrangeiro e pessoas com casas de férias.

"Temos aqui públicos diferentes. Os residentes que estão mais habituados a estas lides [dos incêndios] e outros públicos, mais veraneantes, mais da cidade, que não estão tão habituados e estão a sofrer com alguma ansiedade", constatou.

Ainda segundo o autarca, a única localidade totalmente evacuada, localizada mais a sul, foi a aldeia de Ceiroco: "não porque estivesse a oferecer perigo, até porque está ainda mais distante do fogo, mas porque tem um único acesso rodoviário. O comando [do incêndio] e bem, teve a intenção de prevenir, porque a velocidade do vento pode mudar rapidamente", referiu Jorge Custódio.

O incêndio que eclodiu em Arganil, na freguesia do Piódão, pelas 05:00 de quarta-feira, alegadamente provocado por uma descarga elétrica da trovoada seca que se fez sentir naquela zona, estendeu-se depois aos municípios de Oliveira do Hospital e de Seia, este já no distrito da Guarda.

De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 12:40 o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 900 operacionais, apoiados por 297 viaturas e 11 meios aéreos.

Leia Também: Concelho de Trancoso sem frentes ativas, mas com pontos quentes

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