O comandante operacional de socorro (COS), Miguel David, referiu, num balanço pelas 00h10 de hoje, que duas frentes estavam dadas como dominadas, estando a decorrer trabalhos de consolidação e rescaldo que se esperam demorados.
O fogo conta com duas frentes ativas de "maior complexidade", frisou, em declarações à SIC Notícias e RTP 3 no local.
"Nestas frentes estamos a aguardar o reforço de duas maquinas de rasto para tentar ter maior efetividade, concentrando o trabalho de seis máquinas de rasto numa das frentes", detalhou Miguel David, que é também comandante sub-regional de Viseu Lafões.
Num balanço pelas 20h00, Miguel David tinha adiantado que o fogo tinha três frentes ativas e estava a ceder aos meios de combate nas zonas de Gontães e de Mascoselo.
Pelas 01h00 de hoje é esperada a chegada de dois grupos de reforço, da região Centro, com entre 60 e 70 elementos, para se juntarem aos 522 operacionais e 176 veículos já no terreno, acrescentou no balanço mais recente.
Os trabalhos desenvolvem-se numa orografia bastante complexa, com inclinação do terreno de 65% em alguns locais, estando as frentes a serem combatidas com bombeiros em trabalho apeado e com o uso de ferramentais manuais.
Uma das frentes ativas tem 800 metros, com zonas em que a inclinação do terreno chega aos 65%, e outra frente tem cerca de cinco quilómetros, detalhou ainda.
Miguel David frisou que a estratégia passa por tentar abrir acessos para fazer chegar os veículos e os grupos de combate mais próximos das frentes.
O comandante operacional de socorro adiantou ainda que estão presentes viaturas dos bombeiros e patrulhas da GNR nas localidades de Fervença, Darnô e Galegos da Serra, para tranquilizar as população em zonas onde é necessária monitorização.
Em caso de necessidade pode haver recurso a um 'plano B', através de um confinamento das população, referiu ainda.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 00h30 de hoje, além do incêndio em Vila Real e Mondim de Basto, estavam ativos dois fogos em Celorico de Basto, em Ribas e Caçarilhe, que mobilizavam 99 operacionais, apoiados por 31 viaturas.
A ANEPC mantém as recomendações à população para que confie e siga os conselhos das autoridades e se mantenha afastada "das zonas de incêndios".
A Proteção Civil, perante o aumento de perigo de incêndio rural, elevou no domingo o estado de prontidão especial do dispositivo de combate de incêndios rurais para o nível três, "o terceiro mais gravoso numa escala de quatro", lembrou o adjunto de operações.
Os cinco distritos mais a norte de Portugal continental, designadamente Bragança, Porto, Vila Real, Viana do Castelo e Braga, estão hoje sob aviso vermelho, o mais elevado numa escala de três, devido à persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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