O comandante operacional de socorro (COS), Miguel David, fez pelas 20h00 de hoje um ponto de situação do fogo que começou em Vila Real e se estendeu, no domingo, para o concelho de Mondim de Basto, onde se mantém a frente "mais extensa" desta ocorrência.
O fogo tem três frentes ativas, estando a ceder aos meios de combate nas zonas de Gontães e de Mascoselo.
Segundo o comandante, no terreno estão a operar 542 operacionais, 174 veículos, quatro máquinas de rasto, prevendo-se um reforço de mais duas destas máquinas. Durante o dia estiveram a operar oito meios aéreos.
Miguel David, que é também comandante sub-regional de Viseu Lafões, disse que se espera um reforço de meios nas próximas horas e que a estratégia vai passar por um reposicionamento e um trabalho articulado máquinas de rasto e homens.
A dificultar o combate estão, segundo referiu, a orografia e as condições meteorológicas com alterações de vento muito significativas entre oeste.
Durante o dia foi necessário, segundo explicou, efetuar confinamento de pessoas (a quem foi pedido para ficar em casa) em Pardelhas e Ermelo, em Mondim de Basto, e Mascoselo (Vila Real).
"Em alguns casos para tranquilidade das populações e sensação de conforto por causa do fumo e de alguma projeções que ocorreram durante o incêndio", explicou, adiantando que estas situações de confinamento já não se mantêm.
Referiu ainda que pessoas idosas e mais vulneráveis foram retiradas por equipas da GNR e por próprios familiares por cautela também por causa do "ambiente que está conspurcado por fumos e gases".
"Não há, de momento, qualquer localidade afetada. Já houve situações durante o dia que foram acauteladas", concretizou.
Durante o dia houve também necessidade de assistir nove pessoas e verificou-se a perda de um veículo de combate dos bombeiros, o que não causou qualquer ferimento nos operacionais.
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