Investir na promoção de hábitos alimentares saudáveis? "É urgente"

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que investir na promoção de hábitos alimentares saudáveis "é urgente e necessário", salientando que, se não houver ações, o SNS "enfrentará pressões cada vez maiores".

Ana Paula Martins, bastonária ordem farmacêuticos

© Global Imagens

Lusa
08/07/2025 15:49 ‧ há 6 horas por Lusa

País

Ana Paula Martins

"Investir na prevenção através da promoção de hábitos alimentares mais equilibrados não é apenas uma escolha inteligente. É uma necessidade urgente e prioritária. Cada euro investido em prevenção significa muitos euros poupados em tratamento", disse a governante na apresentação do "Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal -- 2018-2023", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

 

Ana Paula Martins lembrou que o consumo excessivo de açúcar, de sal e de gorduras saturadas continua a estar entre os "mais relevantes fatores de risco alimentares" para a carga de doença em Portugal, contribuindo para a prevalência de doenças crónicas, como a obesidade, a hipertensão arterial, a diabetes, as doenças cardiovasculares e as doenças oncológicas.

"Este cenário tem um custo humano altíssimo. Anos de vida potencialmente perdidos, anos vividos com menor qualidade e um sofrimento que afeta famílias inteiras. Mas tem também um impacto económico e social no país. E ainda um impacto financeiro na sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde [SNS]. Os custos diretos e indiretos associados ao tratamento destas doenças são colossais. E continuam a crescer", salientou.

"Se não agirmos de forma contundente e preventiva, o nosso SNS, que tanto valorizamos, enfrentará pressões cada vez maiores, comprometendo a sua capacidade de resposta e a equidade com acesso aos cuidados de saúde para as gerações futuras", acrescentou, apontando a alimentação saudável como uma estratégia de longo prazo para a sustentabilidade do SNS.

Os produtos alimentares vendidos em Portugal reduziram em cerca de 15% o teor médio de sal e em 21% o açúcar em cinco anos, sem que os consumidores tivessem de mudar as suas escolhas alimentares, revela o "Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal -- 2018-2023" divulgado pela DGS.

Os dados publicados estimam uma redução do consumo de cerca de 18 toneladas de sal e de 7.400 toneladas de açúcar, na sequência do acordo de reformulação celebrado entre a Direção-Geral da Saúde, a indústria alimentar e o retalho para diminuir o teor destes nutrientes em diversos produtos alimentares.

A análise contemplou, no caso do sal, as batatas fritas e outros 'snacks' salgados, pizzas e cereais de pequeno-almoço, sendo que a redução progressiva de açúcar foi também analisada nestes últimos, assim como nos refrigerantes, néctares, iogurtes, leite fermentado e leite aromatizado.

A redução global verificada, entre 2018 e 2023, foi de 14,8% no teor médio de sal e de 20,8% no teor médio de açúcar.

Segundo o relatório, 8 das 11 categorias de produtos alimentares analisadas ultrapassaram as metas definidas nos protocolos de reformulação nutricional.

Além disso, através de um acordo específico com o retalho alimentar, foi também possível reduzir o teor de sal no pão, sopas e refeições pré-embaladas prontas a consumir.

Leia Também: Caos na Saúde e ministra de "consciência tranquila". "Não fugirei"

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