A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar, esta terça-feira, uma operação de buscas ao edifício sede do INEM, em Lisboa. A investigação estará relacionada com a aquisição e compras feitas pelo Serviço de Emergência Médica, avança a CNN Portugal.
O mesmo meio refere ainda que os inspetores da PJ foram ainda destacados para o centro de formação do instituto.
Em comunicado remetido à Lusa, o INEM confirmou "a presença da Polícia Judiciária nas instalações do Instituto em Lisboa, no âmbito de um processo de investigação que envolve outras entidades".
"O INEM encontra-se, naturalmente, a colaborar com as Autoridades, disponibilizando toda a informação solicitada", conclui.
Em causa está uma operação de combate à corrupção e à fraude na obtenção de subsídios, relacionados com os fundos do PRR. No esquema estarão envolvidos responsáveis de empresas privadas, pela venda, e dirigentes de instituições do Estado, pela aquisição, de sistemas informáticos.
O INEM não é o único a ser alvo de investigações, estando estas buscas relacionadas com aquelas que foram realizadas também hoje na Universidade do Porto. Segundo a SIC Notícias, também o Banco de Portugal estará envolvido.
Note-se que a Universidade do Porto (U.Porto) avançou que a presença da Polícia Judiciária (PJ) nas suas instalações está relacionada com um processo de cartelização por aquisição de material informático, do qual esta instituição "estaria a ser vítima".
Caos no INEM
Recorde-se que o INEM tem estado no centro das atenções desde há uns meses. O caso mais recente aconteceu no sábado quando um homem de 45 anos, em estado grave, com um traumatismo ucraniano, terá esperado mais de cinco horas desde que foi tomada a decisão da sua transferência do Hospital da Covilhã para os Hospitais Universitários de Coimbra, sendo que o transporte foi feito por um helicóptero da Força Aérea.
De notar que, desde o passado dia 1 de julho, a Força Aérea assegura o transporte de emergência médica com quatro helicópteros. No entanto, apenas um está apto para voar à noite.
Já na segunda-feira, o ministro da Defesa, Nuno Melo, veio desmentir as notícias sobre a demora de cinco horas no transporte do doente, assegurando que o processo demorou "2h15 com tempo de espera de doente incluído".
[Notícia atualizada às 11h22]
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