O calor vai regressar em força e colocar doze distritos de Portugal continental sob aviso amarelo a partir de sexta-feira, 27 de junho, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A partir das 09h00 de sexta-feira e até às 18h00 de sábado, os distritos de Beja, Bragança, Castelo Branco, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Portalegre, Santarém, Setúbal, Vila Real e Viseu vão estar sob aviso amarelo devido ao tempo quente, uma vez que se prevê a persistência de valores elevados de temperatura máxima.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Note-se que estes avisos podem ser prolongados ou vir a agravar-se uma vez que, segundo o IPMA, a duração deste episódio de tempo quente é ainda incerta.
Em comunicado, o instituto já tinha alertado que a partir desta quinta-feira, dia 26, "a ação conjunta de um anticiclone localizado na região dos Açores, que se irá estender em crista para o Golfo da Biscaia, e um vale depressionário que se estende desde o norte de África até à Península Ibérica, dará origem ao transporte de uma massa de ar proveniente do norte de África, favorável a uma situação meteorológica de tempo quente e seco".
A temperatura do ar, que está já "acima dos valores da normal climatológica do mês de junho na maior parte do território continental", irá registar uma "subida gradual, com os valores mais elevados a partir de dia 28". Neste dia, as máximas "deverão variar entre 35 e 40°C na generalidade do território, com exceção de alguns locais do litoral Norte e Centro, e valores entre 40 e 44°C na região Sul, vale do Tejo e vale do Douro".
A temperatura mínima irá registar "valores próximos de 20°C em grande parte do território, em especial na região Sul, onde poderá não baixar de 25°C em alguns locais, nomeadamente no litoral do Algarve e região de Portalegre".
Embora a duração deste episódio de tempo quente permaneça "ainda incerta", deverá "prolongar-se para o início do mês de julho, em especial na região Sul".
O IPMA prevê ainda "a presença de poeiras em suspensão a partir da tarde de dia 27 na região Sul, estendendo-se ao restante território nos dias seguintes".
Note-se que o tempo quente também vai afetar o arquipélago da Madeira. A subida mais expressiva das máximas será registada nas terras altas da ilha da Madeira," onde se esperam valores entre 26 e 28°C nos dias 28 e 29". Na região do Funchal, "a temperatura máxima deverá rondar os 28°C ao longo deste episódio de tempo quente".
A temperatura mínima, na costa sul e na ilha do Porto Santo, "não deverá ser inferior a 20°C, o que é designado como noites tropicais". Na costa norte e nas terras altas, "a temperatura mínima deverá variar entre 14 e 18°C".
Também está prevista a presença de poeiras em suspensão a partir da tarde de dia 28 na parte leste da ilha da Madeira e na ilha do Porto Santo.
Como se deve proteger?
Perante as temperaturas altas, a Direção-Geral de Saúde (DGS) recomenda à população um consumo regular de água, o uso de roupa larga e fresca e a utilização de protetor solar, de duas em duas horas.
É ainda desaconselhada a exposição ao sol no horário entre as 11h00 e as 17h00 e pedido especial cuidado com a população idosa, com as crianças e os doentes crónicos, que devem permanecer em ambientes mais frescos e protegidos do sol, segundo as autoridades de saúde.
Já as poeiras em suspensão prejudicam a qualidade do ar e têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, como as crianças e os idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados, de acordo com a DGS.
Enquanto este fenómeno se mantiver, a DGS recomenda a população a evitar esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.
Pela sua maior vulnerabilidade, as crianças e os idosos, assim como as pessoas com problemas crónicos respiratórios e os doentes do foro cardiovascular, além de cumprirem as recomendações gerais, devem, sempre que possível, permanecer no interior dos edifícios, preferencialmente com as janelas fechadas.
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