Portugueses vão escolher entre Presidente "de gastronomia forte ou suave"

Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-se hoje como um Presidente polivalente e afirmou, a propósito da sua sucessão, que os portugueses irão escolher se querem alguém "de gastronomia forte ou de gastronomia mais suave".

Marcelo

© FILIPE AMORIM / AFP) (Photo by FILIPE AMORIM/AFP via Getty Images

Lusa
09/06/2025 17:23 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República falava aos jornalistas enquanto comia uns salgados, no fim de uma visita à exposição de meios militares das Forças Armadas em Lagos, no distrito de Faro, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal.

 

"Eu sei que isto não é muito próprio, comer em frente de câmaras. Quer dizer, não era há 20 anos, mas transformou-se num clássico. O primeiro, que é pioneiro, foi muito criticado, injustamente criticado, tinha bom gosto, era bolo-rei", comentou, referindo-se ao seu antecessor na chefia do Estado, Aníbal Cavaco Silva.

"Eu sou mais variado gastronomicamente, e portanto passou a ser normal, passou a ser um hábito presidencial, porventura com intermitências, conforme o estilo presidencial, mas, no meu estilo, muito gastronómico", prosseguiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Interrogado se espera que quem lhe suceder no cargo, a partir de 09 de março do próximo ano, continue esse estilo, o Presidente da República respondeu: "É uma escolha dos portugueses, se querem gente de gastronomia forte ou de gastronomia mais suave".

Questionado se vê alguém com a sua aptidão gastronómica, retorquiu: "Eu não comento candidaturas presidenciais. Comento o prazer de, como Presidente da República, ter comido isto. Deu-me muito gozo metafísico. É muito bom, esta padaria é muito boa". 

Depois, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal tem "uma democracia muito rica" e que "os portugueses são muito diferentes, e, portanto, os presidentes têm que retratar essa diferença dos portugueses", e falou resumidamente de cada um dos seus antecessores.

Segundo o chefe de Estado, "cada um cumpriu a sua missão", o Presidente Ramalho Eanes "cumpriu uma missão que só ele podia cumprir, que era a passagem da revolução para a democracia civil partidária, enquanto o Presidente Mário Soares "foi o apogeu da democracia partidária".

"O Presidente Sampaio isso mais a preocupação muito grande com a cena internacional, que se complicou. O Presidente Cavaco Silva isso mais a preocupação com a crise económica que houve no mundo, e que caiu em cheio naquela presidência, mas ele era economista, portanto estava muito bem dotado para isso", completou. 

Quanto à sua missão, considerou: "Eu tive de ser polivalente. Houve pandemia, houve incêndios, houve um pouco de tudo".

Marcelo Rebelo de Sousa não quis apontar uma missão ao próximo Presidente da República, mas sustentou que "é muito visível" aquilo que "os tempos pedem" atualmente.

Leia Também: Marcelo e Montenegro regressaram de Munique de madrugada: "Saiu do lombo"

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