Cidadãos criam movimento de reflexão sobre futuro de Lisboa

Dezenas de cidadãos juntaram-se para criar um movimento de reflexão sobre o futuro da cidade de Lisboa, a cinco meses das próximas eleições autárquicas, mas que não pretende concorrer politicamente, assegurou hoje um dos promotores.

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Lusa
22/05/2025 14:16 ‧ há 5 horas por Lusa

País

Lisboa

"Não é um movimento político, é um movimento da sociedade civil, é um movimento de contributos técnicos e de um conjunto de pessoas com carreiras próprias, com áreas de 'expertise' [competências] próprias, com valências autónomas, que quer contribuir para o debate, para a construção de ideias, para a discussão de propostas", afirmou Gonçalo Reis, um dos promotores desta iniciativa cívica, que é gestor de empresas, antigo presidente da RTP e administrador não executivo da empresa municipal EGEAC - Lisboa Cultura, e também militante do PSD.

 

Designado de Juntar Lisboa!, o movimento reúne "dezenas de pessoas" da sociedade civil, com quadros técnicos, gestores, arquitetos, profissionais liberais, empreendedores, com valências em áreas como urbanismo, sustentabilidade, cultura, economia social, desporto, entre outras.

Além de Gonçalo Reis (dedicado a infraestruturas), integram este movimento Ana Casaca (inovação), Francisco Guimarães (desporto), Inês Dentinho (património e ação social), Jorge Bleck (legal), Maria Roquete (políticas públicas), Miguel Pina Martins (empreendedorismo), Paulo Martins Barata (arquitetura e urbanismo), Piedade Costa Almeida (sustentabilidade), Rui Paiva (tecnologia e empreendedorismo) e Sara Aguiar (inovação social).

"Pretendemos trazer a energia, a vitalidade, o pragmatismo e a ambição da sociedade civil para discutir os temas da cidade de Lisboa", disse Gonçalo Reis à agência Lusa, referindo que o objetivo é "consolidar uma visão de futuro que seja atrativa para a cidade e para os lisboetas".

O movimento está ainda "em construção", pelo que é "um grupo aberto" à integração de novas valências e contributos, daí que se chama Juntar Lisboa!, explicou o promotor da iniciativa, sublinhando que o critério para as pessoas se juntarem a este grupo "não é um critério político, é um critério de valências técnicas, de vontade de contribuir sobre os temas de Lisboa".

Questionado sobre o que motivou a criação deste movimento, a cinco meses das próximas eleições autárquicas, que ocorrerão entre setembro e outubro, Gonçalo Reis indicou que a iniciativa parte da ideia de que este grupo de cidadãos pode "acrescentar" ideias e propostas sobre o futuro da capital portuguesa, reunindo "pessoas de natureza diversa, em áreas que são relevantes para a cidade, e que trazem conhecimento específico, setorial, concreto, e que trazem uma certa ambição de pensar Lisboa".

Sobre se o movimento Juntar Lisboa! é criado perante uma certa insatisfação dos quatro anos de governação de PSD/CDS-PP, sob presidência de Carlos Moedas (PSD), o promotor rejeitou essa ideia e adiantou: "Nós revemo-nos no trabalho que tem vindo a ser feito pelo executivo, mas queremos, no fundo, acrescentar. Queremos lançar propostas novas, queremos que continue uma evolução positiva da cidade de Lisboa e estamos aqui para contribuir com ideias e com propostas técnicas e com valências para esse debate".

No âmbito da reflexão para projetar políticas e iniciativas que criem impacto positivo e melhorem a qualidade de vida em Lisboa, o movimento vai organizar, a partir de junho, uma série de sessões temáticas sobre pilares estratégicos na cidade, nomeadamente cultura, turismo, urbanismo, habitação, qualidade do espaço público, mobilidade, transportes públicos, segurança, ação social, digitalização, modernização dos serviços e eficácia na resposta ao utilizador.

A primeira sessão será dedicada à área da cultura e está já agendada para 05 de junho, adiantou o movimento Juntar Lisboa!, em comunicado, referindo que a seguinte será sobre modernização dos serviços e orientação ao utilizador, no dia 17 de junho.

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