Prisão preventiva para agente imobiliária detida no Algarve

Um tribunal de instrução aplicou hoje a prisão preventiva como medida de coação à agente imobiliária suspeita de promover negócios fictícios que foi detida na quinta-feira, no Algarve, no âmbito da operação 'Chave na Mão', disse fonte policial.

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Lusa
16/05/2025 18:55 ‧ há 6 horas por Lusa

País

Chave na Mão

Além da agente imobiliária, foram detidas pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito do mesmo caso quatro solicitadoras, das quais três ficaram com proibição de exercício de funções, depois de também terem sido presentes a primeiro interrogatório judicial, revelou fonte da PJ à agência Lusa.

 

A quarta solicitadora que também foi detida ficou apenas sujeita a termo de identidade e residência, acrescentou, frisando que as cinco arguidas estão também proibidas de contactar entre si.

A agente imobiliária promovia negócios fictícios no Algarve e aproveitou-se das relações de proximidade com as vítimas, na sua maioria estrangeiros, para vender os imóveis 'online', disse o diretor da Polícia Judiciária (PJ) de Portimão na quinta-feira.

"Havia um conhecimento com a agente imobiliária fruto de relações familiares, de amizade, que depois se foi alargando a um circuito de investidores", adiantou na ocasião Joaquim Trindade, sublinhando que o facto de a mulher ter nacionalidade portuguesa e alemã também permitiu que "confiassem nela".

A detenção foi anunciada na quinta-feira pela PJ e as cinco mulheres são suspeitas de burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento de capitais no setor imobiliário, crimes que terão provocado prejuízos superiores a 7 milhões de euros, lesando aproximadamente 30 pessoas, segundo os investigadores.

Numa conferência de imprensa realizada na quinta-feira, na PJ de Faro, Joaquim Trindade referiu que as cinco mulheres detidas ao abrigo da operação "Chave na Mão" são uma agente imobiliária com idade entre 40 e 50 anos, que já tinha tido um escritório em Portimão, e quatro solicitadoras, com as quais formavam, em conjunto, uma "teia complexa".

Joaquim Trindade acrescentou que grande parte dos lesados é de nacionalidade alemã, mas existem também vítimas norte-americanas, polacas, francesas e portuguesas, embora, neste último caso, o número seja residual.

Desde meados de 2022, as detidas enganaram dezenas de clientes, oferecendo contratos de promessa de compra e venda de imóveis situados no barlavento (oeste) algarvio, suportados "com documentos formalmente válidos, mas cujo conteúdo era falso e que não existiam, contra a vontade ou sem conhecimento dos proprietários dos imóveis", salientou.

De acordo com o diretor da PJ de Portimão, na maioria das vezes, as pessoas nem visitavam os imóveis em causa.

"Nós, neste momento, temos no processo identificado cerca de duas dezenas, mas aproxima-se muito das 30 vítimas. Mas, admitimos, obviamente, pelo número de documentos que foram localizados e mesmo porque, entretanto, nos últimos tempos têm vindo a ser formalizadas novas queixas [...], que haverá mais vítimas", frisou.

Leia Também: Preventiva para suspeito de esfaquear homem na via pública em Évora

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