De forma a aumentar a consciencialização na sociedade para a importância da verificação de informação, Filipe Pardal diz que "o jornalismo por si só não consegue fazer essa diferença a 100%".
"A educação na escola também não consegue fazer, como a parte da literacia mediática também não o conseguirá fazer", acrescenta o responsável do jornal português de 'fact-checking', referindo serem necessárias todas estas valências juntas para se conseguir fazer a diferença.
Filipe Pardal explica ser necessária uma adaptação do jornalismo tendo em conta os novos tempos, mantendo sempre a sua qualidade e rigor, considerando que o "'fact-checking' vem tentar responder um bocadinho a isso, porque não deixa de ser jornalismo, mas é uma abordagem diferente".
Em relação à escola, o representante do Polígrafo diz que esta "tem que dar cada vez mais importância à questão da literacia mediática", pois "a desinformação tem sido identificada por várias estruturas internacionais como uma das maiores ameaças no futuro", pelo que a escola deve consciencializar e fomentar o espírito crítico dos cidadãos.
Filipe Pardal destaca também o trabalho dos meios de comunicação no desenvolvimento da literacia mediática, de forma a "identificar de onde vem a informação, perceber a metodologia com que a informação é trabalhada", estando em cima da mesa o espírito crítico de cada pessoa ao consumir fontes e informação.
O representante do Polígrafo refere ainda que cada vez mais há recursos que permitem distinguir um influenciador digital e um comentador de um jornalista, pelo que é necessário colocar em prática todas estas valências em conjunto para se conseguir alcançar uma consciencialização sobre o tema.
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