O utente da Unidade de Alzheimer da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, no Algarve, que fugiu após ter roubado uma ambulância dos bombeiros, na segunda-feira, terá passado o dia a falar sobre o Santuário de Fátima e que gostava de estar presente nas celebrações do 13 de Maio.
Segundo a SIC Notícias, o homem, de 76 anos, conseguiu sair do estabelecimento através da abertura manual de um portão elétrico. Já no exterior, apoderou-se da ambulância com as luzes de emergência ligadas e a chave na ignição - que aguardava o regresso dos bombeiros que tinham sido chamados para socorrer outra utente.
"Os bombeiros, quando desceram do primeiro andar para levar a senhora que estava a ser socorrida ao Serviço de Urgência Básica (SUB) de Vila Real de Santo António, depararam-se então com a falta da ambulância", explicou Iola Fernandes, diretora-técnica do estabelecimento.
"As funcionárias que estavam de serviço entraram de imediato em contacto comigo para tentar perceber, junto das imagens de videovigilância, o que teria acontecido e se conseguia ver quem é que tinha levado a ambulância e percebi que tinha sido um utente", acrescentou.
Segundo a SIC Notícias, o homem terá passado o dia a falar sobre o Santuário de Fátima e que queria assistir às celebrações do 13 de Maio. Apesar da demência, terá conseguido roubar e conduzir a viatura.
A ambulância, que tinha chegado ao lar sete minutos antes, foi encontrada "a cerca de dois quilómetros de distância" pouco tempo depois. "O senhor fisicamente estava bem. Estava um bocadinho abalado emocionalmente", afirmou.
A ambulância acabou por sofrer uma pequena batida e está inoperacional.
Na terça-feira, fonte do Comando Territorial de Faro da Guarda Nacional Republicana (GNR) indicou que o caso ocorreu por volta das 21h00, quando o homem se apoderou do veículo que estava parado, com o motor em funcionamento, à porta daquela unidade, quando os tripulantes se preparavam para transportar um doente.
O homem percorreu alguns quilómetros, com as luzes de emergência ligadas, até à zona das salinas de Castro Marim, onde acabaria por ser intercetado pelas autoridades, acrescentou.
Segundo a fonte, "não se registaram danos materiais nem pessoais", tendo o veículo sido entregue aos bombeiros.
As autoridades lesadas têm um prazo de seis meses para formalizar uma queixa, incorrendo o homem num crime de furto de veículo, concluiu a GNR.
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