O Juízo Central Cível e Criminal de Ponta Delgada, nos Açores, condenou, na última semana, um homem a uma pena de internamento entre os 3 e os 16 anos pela morte da tia e tentativa de homicídio da avó.
"Por acórdão de 24 de abril de 2025, o Juízo Central Cível e Criminal de Ponta Delgada condenou um arguido à medida de segurança de internamento em estabelecimento adequado ao seu tratamento e à contenção da sua perigosidade, pelo período mínimo de 3 anos e máximo de 16 anos, pela prática de dois crimes de homicídio, um na forma consumada e outro na tentada", revela uma nota da Procuradoria da República da Comarca dos Açores.
Os factos, ocorridos em 31 de maio de 2024, no concelho de Ponta Delgada, foram praticados pelo arguido contra a tia e a avó, com quem residia.
"No momento da prática dos factos, o arguido encontrava-se num estado de alteração de consciência, com sintomatologia delirante, em pleno episódio de psicose agudo, secundário ao consumo de substâncias psicoativas", refere.
O tribunal aplicou a medida de segurança "atendendo à elevada gravidade dos atos cometidos, que levou à morte de uma das vítimas, o que não sucedeu em relação à outra por ter recebido assistida hospitalar".
De realçar que, no ano passado, ao anunciar a detenção a PJ revelou que o homem, então com 27 anos, tinha matado a tia, de 51 anos. A avó, na altura com 78 anos, tinha sofrido graves lesões no crime, cometido com recurso a vários objetos.
A investigação foi dirigida pelo MP Ponta Delgada do DIAP dos Açores, coadjuvado pela Polícia Judiciária.
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